Saúde

Casos de dengue crescem nos últimos meses em Alagoas, aponta MS

Dengue e Covid possui sintomas parecidos mas é possível diferenciá-las por sinais respiratórios

Por 7Segundos com TV Cidadã 26/08/2021 07h07
Casos de dengue crescem nos últimos meses em Alagoas, aponta MS
O mosquito Aedes aegypti é o principal transmissor de dengue, zika e chikungunya em regiões urbanas do Brasil - Foto: João Paulo Burini/Getty Images via BBC

No primeiro semestre de 2021 foram notificados quase mil casos de dengue no estado de Alagoas. Os dados foram coletados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde (MS).

O pico no número de casos foram nos meses de Maio, Junho e Julho, sendo, respectivamente, 165, 380 e 207 ocorrências registradas.

Em entrevista à TV Cidadã, o gerente de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis da Secretaria Estadual de Saúde, Diego Hora, disse acreditar que a atenção voltada exclusivamente ao coronavírus e o período chuvoso, que provoca acúmulo de água em terrenos baldios e construções ou residências abandonadas, são os principais motivos para o aumento no número de casos no estado. “Essa leitura está dentro do canal endêmico, o que a gente espera para aquele período de acordo com o que estamos acompanhando e monitorando”, acrescenta.

Diego também diz que, durante a quarenta por conta da pandemia em 2020, as pessoas foram obrigadas a ficarem em suas residências e, por isso, tiveram mais atenção aos cuidados domésticos. Isso fez com que os números de possíveis casos diminuíssem.

Além dos cuidados básicos necessários já conhecidos por todos nós quando se trata de dengue, o gerente ainda afirma que, para que a campanha de combate à dengue seja eficaz, está sendo criado “planejamentos, orientações e ações junto aos municípios, elaborando nota técnica e nota informativa para a população para que estejam esclarecidas e para que essa população consiga, dentro do seu domicilio, realizar os cuidados básicos para não ter acúmulo água parada. E para os profissionais de saúde, o mais importante é fazer captação oportuna de casos. O nosso maior intuito é fazer com que os casos não evoluam para sua forma grave ou para o óbito.”

É necessário ressaltar que, além da dengue, o Aedes aegypti também pode transmitir zika e chikungunya. “É importante lembrar da zika, sobre o impacto e contexto social que traz à mulheres grávida, e da chikungunya, que é uma doença incapacitante, onde a pessoa passa por volta de 2 anos com dores nas articulações”. Apesar disso, não podemos subestimar a gravidade da própria dengue. “É mais aguda e de alta letalidade quando não tratada de forma adequada”, conclui Hora.

Apesar da dengue possuir sintomas parecidos com a Covid, é possível distingui-las através dos sinais respiratórios, como tosse, coriza, etc., uma particularidade da Covid-19.