Saúde

Período crítico da pandemia pode ter influenciado no aumento de dengue em Maceió

O 7Segundos conversou com o coordenador do Programa de Controle do Aedes Aegypti, Erivaldo Raimundo

Por 7Segundos 06/10/2021 15h03 - Atualizado em 06/10/2021 15h03
Período crítico da pandemia pode ter influenciado no aumento de dengue em Maceió
Erivaldo Raimundo, coordenador do Programa de Controle do Aedes Aegypti - Foto: Ellen Oliveira/7Segundos

Em Maceió, o Boletim Epidemiológico Arboviroses: Dengue, Chikungunya e Zika indicou um aumento de 59,54% de casos de dengue, em relação à 38ª semana epidemiológica do ano passado. Em 2021, foram registrados 1.955 casos, contra 779 no mesmo período do ano passado.

O 7Segundos conversou com o coordenador do Programa de Controle do Aedes Aegypti, Erivaldo Raimundo, nesta quarta-feira (06) sobre o aumento e as ações que a população pode tomar para diminuir esses casos.

Erivaldo disse que o período crítico da pandemia pode ter influenciado no aumento de dengue em Maceió, já que os agentes ficaram impossibilitados de adentrar os imóveis por um bom tempo.

Ele explicou que, no momento, a Prefeitura tem cerca de 330 pessoas em campo, visitando imóveis, fazendo orientações e bloqueios em imóveis com suspeita de foco da dengue. De acordo com o coordenador, os maiores problemas são encontrados em imóveis desabitados, pela dificuldade para entrar, ou abandonados, pois pessoas acabam invadido os locais e deixando depósitos expostos, como tonéis, latas, copos e até caixa de ovos.

Nas residências com proprietários, Erivaldo atentou a população para as orientações básicas: não deixar água parada no quintal, verificar a caixa d’água e a laje; prestar atenção nos locais de pouco acesso da casa. Ele disse que é preciso fazer inspeção pelo menos uma vez por semana para eliminar os focos, e quando possível ficar atento aos focos em dias de chuva.

“A gente pede e espera que a população nos ajude. Em que sentido? Evitando jogar lixo em terrenos baldios; atendendo à visita do agente de endemias; seguindo as orientações dos agentes. E assim a gente tenta evitar que as coisas piorem”, disse Erivaldo.