Saúde

"Uma novidade", diz coordenadora obstétrica após denúncias de violência virem à tona

De acordo com a coordenadora obstétrica do hospital, não houve nenhuma falha por parte dos profissionais

Por 7Segundos com Cidade Alerta 29/10/2021 20h08 - Atualizado em 29/10/2021 21h09
'Uma novidade', diz coordenadora obstétrica após denúncias de violência virem à tona
A coordenadora obstétrica do Hospital da Mulher, Dra. Acha Paixão - Foto: Reprodução/Cidade Alerta

Após duas denúncias de violência obstétrica, a coordenação da Maternidade Nossa Senhora de Fátima negou que houvesse alguma falha por parte dos profissionais que atuam no hospital e afirmou que não receberam nenhuma denúncia através da ouvidoria na época em questão. O pronunciamento foi feito pela coordenadora obstétrica do Hospital da Mulher, Dra. Acha Paixão, na noite desta sexta-feira (29).

A coordenadora afirma que "não recebemos nenhum tipo de denúncias como essas que aconteceram e todas as situações que poderiam acontecer, a gente tem a ouvidoria aberta para todas as pessoas atendidas na nossa unidade, que funciona de segunda à sexta, tanto presencialmente, quanto por telefone".  "Uma novidade", essas foram as palavras de Avha Paixão para descrever as denúncias que vieram à tona nos últimos dias.

"Nós já fizemos todas entrevistas com os profissionais envolvidos, tanto da equipe médica, da equipe de enfermagem, desde a recepção, para avaliar todos os casos que foram relatados recentemente e já apuramos que não houve, a princípio, nenhum tipo de falha do atendimento, todos os protocolos foram seguidos adequadamente", disse.

A Dra. Avha Paixão explicou como funcionou o confrontamento para obter tais informações: "nós confrontamos através das informações de prontuário, que são devidamente registradas, e é com elas que a gente baseia tanto a nossa análise, quanto entrevistando individualmente os profissionais envolvidos para averiguar se todos seguiram os protocolos de acordo com as necessidades daquela paciente específica".

Quando questionada sobre o caso de Maiara, mulher que faleceu após passar por um procedimento cirúrgico no hospital, em que os familiares solicitaram o prontuário para entender o que a levou a óbito e precisaram esperar por um certo período de tempo para obtê-lo, Paixão afirma que é um procedimento "totalmente normal de um prazo de, no mínimo, 15 dias para entregar as cópias do prontuário para os solicitantes".

Já sobre as afirmações do ex-funcionário que alegava que existia uma prática de sumiço de prontuários, a coordenadora disse que "essa denúncia é totalmente algo inesperado pra gente porque nós assumimos o local como estrutura física em março de 2020. De lá para cá, nós temos um serviço estruturado, com profissionais de revisão de prontuário e arquivamento adequado, então isso não condiz com as práticas que nós temos hoje totalmente protocoladas também".

"Reforço que, em mais de 5.585 partos realizados desde março de 2020, esses foram os dois casos que houveram a repercussão recente, e foram os casos, dentre os denunciados, que nós viemos fazendo um trabalho realmente adequado com a humanização e tudo o que podemos oferecer de acordo com a legislação e os protocolos do Ministério da Saúde", finalizou.