Após pedido do MP, ex-vocalista é condenado pelo assassinato da namorada
Vítima, Gilmara dos Santos da Silva, estava grávida de cinco meses
Após atuação do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), o empresário e ex-vocalista da banda Forrozão Capa de Sela, Ivanilson Monteiro de Oliveira, foi condenado, nessa quarta-feira (17), por ter mandado matar a adolescente Gilmara dos Santos da Silva, em 2013, que estava grávida de cinco meses. À época do fato, o réu foi denunciado como autor intelectual do assassinato da namorada, uma vez que teria contratado um outro homem para praticar o crime. A sentença foi de 24 anos e seis meses de prisão pela prática dos delitos de homicídio qualificado e aborto sem consentimento da gestante.
Foi a promotora de Justiça Lídia Malta quem fez o papel da acusação, representando o Ministério Público, autor da ação penal. “Ocorrido em 15 de maio, o assassinato foi motivado porque a vítima, que tinha 17 anos e estava numa gravidez de cinco meses, não quis realizar o aborto, que havia sido pedido pelo músico. Inconformado com a negativa da namorada, o Ivanilson planejou a morte dela, contando o auxílio de outras pessoas igualmente denunciadas pelo MP, as quais também já foram condenadas. Com relação a um dos autores, ainda será realizado novo júri. Restava, portanto, neste momento, tão somente o julgamento do mandante deste horrendo crime, concluído na data de ontem” explicou Lídia Malta.
O homicídio
O corpo de Gilmara dos Santos da Silva foi encontrado na BR-104, em Rio Largo, em 15 de maio de 2013. Ivanilson Monteiro foi apontado como mandante do assassinato e, Jomilto Soares Braga, foi denunciado pela prática do assassinato. O músico teria pago a quantia de R$ 1,2 mil pela execução da namorada.
Também foram alvo da denúncia do MPAL Aldigesy Deodato da Silva, o Pinto, e Jomilto Soares, o Baiano. À época do ajuizamento da ação penal, o promotor Silvio Azevedo, que estava à frente da 3ª Promotoria de Justiça de Rio Largo, afirmou que o Ministério Público tinha convicção quanto a autoria e a materialidade do crime.
Aldigesy Deodato da Silva foi considerado coator do homicídio porque articulou o assassinato e contratou o executor, Jomilto Soares de Braga.