Maria de Fátima Ferreira da Silva, mãe dos irmãos Josivaldo Ferreira Aleixo (18 anos) e Josenildo Ferreira Aleixo (16 anos), irmãos assassinados em 2016 durante uma abordagem da Polícia Militar (PM), no conjunto Village Campestre, parte alta da capital, foi a primeira a ser ouvida no julgamento que tem no banco dos réus, o policial militar Johnerson Simões Marcelino.

A mulher, bastante emocionada, relatou a vida que tinha com os filhos e questionou o fato deles terem sido alvo de violência por parte da guarnição. Depois dela, é a vez das filhas do pedreiro Reinaldo da Silva Ferreira, que passava pelo local, foi baleado e também morreu. O julgamento está sendo conduzido pelo juiz Guilherme Bubolz Bohm.

A promotora de Justiça Adilza Inácio de Freitas, da 42ª Promotoria de  Justiça da Capital, prevê que o policial militar será condenado e terá uma pena fixada em até 60 anos de prisão pelas mortes.

Segundo a versão dos policiais, os irmãos reagiram e houve troca de tiros, que terminou com a morte dos dois. Durante o confronto, o pedreiro Reinaldo da Silva Ferreira, que= passava pelo local, foi baleado e também morreu.

Na ação, a promotoria relatou que depoimentos de testemunhas confirmaram que dois militares da guarnição iniciaram revistas de forma bastante agressiva, e que uma das vítimas, Josivaldo, foi agredido pelos PMs, o que causou revolta em Josenildo, que tentou defender o irmão, sendo os dois baleados pelo cabo Johnerson.