Como a Covid-19 afetou diagnóstico e detecção de HIV/Aids em Alagoas
Estado tem a segunda maior taxa de detecção de Aids do país

A pandemia de Covid-19 alterou toda a rede de saúde do mundo. Dentre as consequências do vírus, também está a detecção de HIV/Aids por causa da similaridade dos sintomas. Além disso, muitos pacientes deixaram de ir às unidades de saúde por medo do novo coronavírus.
O Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA), unidade da Uncisal, localizado no Trapiche da Barra, em Maceió, passou a receber casos graves, não só com a infecção do HIV, mas com a AIDS já instalada.
O 7Segundos conversou sobre o assunto com a coordenadora do ambulatório de doenças infectocontagiosas do HEHA, Lygia Antas.
“Confunde. Muita gente começa com uma astenia, perda de peso, sintomas respiratórios, pneumonia, que pode acontecer HIV/Aids, mas achou que era Covid-19. Essas pessoas passaram por postos de saúde, UPAS e quando o vírus foi detectado, a doença já estava instalada”, explica.
De acordo com ela, muitos pacientes que vivem com HIV/Aids tiveram a saúde prejudicada justamente pelo medo de se infectar a Covid-19. “Alguns pararam o tratamento por medo, mas os serviços continuaram normais. A distribuição da medicação foi até ampliada pelo Ministério da Saúde”.
Na quarta-feira (1°), Dia Mundial de Luta contra a Aids, o 7Segundos divulgou uma pesquisa do Ministério da Saúde que mostra que Alagoas tem a segunda maior taxa de detecção de Aids do país. São 18,5% de casos positivos a cada 100 mil alagoanos. Já entre as capitais, Maceió ocupa a quarta posição na taxa de detecção, com 5,7% a cada 100 mil maceioenses.
“Não se fala muito que pessoas morrem de Aids. Algumas pessoas imaginam que a Aids nem existe mais. Pessoas se descuidam em relação ao uso de preservativos, ao compartilhamento de objetos cortantes. A gente faz campanhas para que as pessoas façam o teste. Todos devem fazer”, explicou.
Para ela, também é preciso ampliar o tratamento no interior do estado. “Há municípios distantes da capital e os pacientes precisam se deslocar para pegar a medicação e receber acompanhamento. Alagoas precisa ampliar a quantidade de SAEs, mas os que existem funcionam muito bem, equipes profissionais e a medicação não falta”.
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