Moradores da grota do neno, no Feitosa, na parte alta de Maceió, tentaram interditar a Avenida Governador Lamenha Filho na manhã desta segunda-feira (24) em protesto contra supostos abusos cometidos por Policiais Militares contra a população da região.

Os manifestantes, que tentaram interditar a avenida usando camas e pneus, afirmam que militares das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (Rotam) estariam agredindo e roubando os pertences dos moradores da grota em suas abordagens.

Marcelo Vieira, morador da região e um dos manifestantes, diz que já teve um aparelho celular roubado por um militar que o abordou na porta de sua casa. O morador afirmou que estava sentado na entrada da residência com o celular ao seu lado quando o agente o abordou perguntando se o mesmo era dono do aparelho, ao confirmar, o militar teria negado que o celular era do Marcelo e iniciou a agressão e, no fim, levou o aparelho.

“Eles (os policiais) alegam que estão procurando bandidos, eles não estão. Se querem bandidos eles tem que investigar as pessoas certas”, disse o manifestante.

A esposa de Vieira, Jakeline Souza, também disse que já foi ameaçada pelos agentes. Jakeline disse que, durante uma abordagem, uma militar a teria rendido e ameaçado quebrar o braço da moradosa, além de receber um mata-leão de outro policial.

Uma terceira moradora, Fátima do Rosário, também alegou que suas filhas já foram agredidas pelos agentes, sendo que uma delas teria tido os cabelos puxados e outra teria sido golpeada com um tapa no ouvido.

Após os protestos, os manifestantes se reuniram com o comandante do batalhão para pedir uma solução para o caso. A guarnição será investigada pela corregedoria da Polícia Militar.

Além da investigação, moradores também vão instalar câmeras de segurança para tentar flagrar ações de truculência, agressões, roubos e furtos por parte dos agentes.