Após operação, PF mira fabricantes dos medicamentos emagrecedores falsos vendidos em Alagoas
Os cinco suspeitos presos já estão sendo ouvidos e serão conduzidos ao presídio

Após prender cinco fornecedores na Operação Estrelar, a Polícia Federal em Alagoas agora trabalha para identificar os fabricantes dos medicamentos emagrecedores falsos vendidos no estado, uma vez que a fabricação não acontecia aqui, apenas a venda.
"Ainda não podemos determinar se tem envolvimento de farmacêutico ou médico. A pessoa que fez tem conhecimento da produção, isso que podemos dizer. Precisamos identificar o responsável para saber se tem experiência prática ou formação na área", detalhou o delegado Antônio Miguel, responsável pela investigação.
Os cinco suspeitos presos já estão sendo ouvidos e serão conduzidos ao presídio. Segundo o delegado, eles agiam separados, compravam dos fabricantes e vendiam em Maceió por meio das redes sociais, inclusive, com pronta entrega e pagamentos via pix.
Esses medicamentos não têm autorização da ANVISA e, por conter substância de uso controlado ou proibido, foram apontados como causa da morte de uma jovem em São Paulo, na semana passada. Vale lembrar que a venda de medicamentos falsificados, corrompidos, adulterados ou alterados é crime, conforme o artigo 273 do Código Penal, com penas de dez a quinze anos de reclusão.
Operação Estrelar
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (08), a Operação Estrelar, dando cumprimento a 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Criminal da Capital com o objetivo de combater o comércio ilegal de medicamentos emagrecedores na cidade de Maceió/AL.
O Inquérito Policial foi instaurado em 2020 diante da notícia de que estavam sendo comercializados medicamentos emagrecedores como se fossem produto natural. Os policiais federais identificaram os comerciantes e, fazendo uso de estória cobertura, adquiriram alguns desses remédios. Os produtos foram submetidos à perícia e os experts da Polícia Federal identificaram diversas substâncias controladas, inclusive em associações proibidas.
Os produtos vendidos ilegalmente declaram conter extratos das plantas Calunga, Carqueja, Martelinho, Garfinea e Aloe Vera. Entretanto, as análises realizadas detectaram a presença das substâncias sibutramina, fluoxetina e furosemida. A sibutramina é um fármaco anorexígeno, considerada capaz de causar dependência física e/ou psíquica. A fluoxetina é um fármaco antidepressivo, estando sujeita a controle especial somente podendo ser vendida mediante receita médica; já a furosemida é um fármaco diurético, usado no tratamento de retenção de líquidos, edemas, hipertensão arterial e outros.
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