Universidade irá apurar caso de estudante de medicina que ironiza morte de paciente
A aluna atuava como interna na unidade de saúde em que o caso ocorreu
Notícias de uma estudante do 9º período de medicina ironizar a morte de um paciente viralizaram nesta terça-feira (8). Após a repercussão nas redes, o Centro Universitário Cesmac informou que o caso está sendo apurado.
A aluna atuava como interna no Pronto Atendimento de Marechal Deodoro, na Região Metropolitana de Maceió, mas foi afastada após as polêmicas publicações.
Ela debochou no Instagram: "Faltando 10 minutos para a minha hora de dormir, chega uma mulher infartando e com edema agudo de pulmão. Agora já se passaram 1h30 da minha hora de dormir. Estou p***". No registro publicado pela estudante era possível ver o nome da paciente e todos os procedimentos que foram realizados no local.
O coordenador do curso de medicina do Cesmac, André Falcão, diz que o colegiado irá se reunir amanhã (9) para discutir sobre o assunto. De acordo com ele, a instituição só ficou sabendo do acontecimento após outros estudantes denunciarem o caso através de capturas de tela e postarem em grupos de mensagens: "com muita indignação e muito espanto".
Emocionado por ter sido a primeira vez que presenciou uma cena dessas, André Falcão concedeu uma entrevista para a TV Pajuçara e comentou sobre as medidas disciplinares que serão tomadas para este caso.
Ele pontua que o perfil desta estudante não é o que a instituição de ensino "se esforça para formar". "Nossos alunos são formados em dois princípios fundamentais na medicina e na saúde, que é a empatia e a ética", garante, acrescentando que o perfil dela não corrobora com o perfil da filosofia dos profissionais e nem com a filosofia da instituição.
"O primeiro passo foi afastá-la do estágio imediatamente enquanto todos os fatos estão sendo apurados", explicou.
"Hoje as redes sociais tem um alcance muito grande. Tudo o que se fala e o que se pensa tem um alcance muito grande. Imagine para uma vida humana não ser considerado como importante em uma situação em que a gente está vivendo. Não vamos aceitar isso como normal, como digno", disse o coordenador com lágrimas nos olhos.
Todas as infrações éticas estão sendo analisadas e serão colocadas em pauta na hora da reunião do colegiado que acontecerá na manhã desta quarta (8).