OAB diz que crimes de linchamento aumentaram em 160% em Alagoas
De acordo com os registros, ocorreram oito casos nos primeiros quatro meses no ano passado e 21 neste ano
A seccional alagoana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL) anunciou, nesta terça-feira (26), que houve um crescimento de 160% nos crimes de linchamento no estado no ano de 2022, se comparado a 2021.
De acordo com a Ordem, foram oito casos nos primeiro quatro meses do ano passado contra 21 no mesmo período neste ano.
“Foram oito casos de linchamento nos quatro primeiros meses do ano passado e 21 registros no mesmo período deste ano. Temos procurado sistematizar as ocorrências, cobrando das autoridades a abertura de inquéritos policiais e o andamento de processos do tribunal do júri”, explica Ronaldo Cardoso, membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB/AL.
Ainda segundo a OAB, Maceió lidera as estatísticas dos casos, seguida do município de Rio Largo. A capital alagoana registrou seis ocorrências, já Rio Largo teve três casos.
Além da capital e sua cidade vizinha, outros municípios que registraram o crime foram: Arapiraca, São Sebastião, Porto Calvo, São José da Tapera, Passo do Camaragibe, São Miguel dos Milagres, Barra de Santo Antônio e Mar Vermelho.
O primeiro óbito no ano relacionado a este crime foi em 3 de abril, na Barra de Santo Antônio, quando um suspeito de roubo foi detido por populares e acabou sendo morto.
A OAB afirmou que os linchamentos tiveram como principal motivação acusações de roubo. No entando, além disso, há registros de acusações de aliciamento de crianças, de estupro de vulnerável, de importunação sexual, de furto, de invasão de domicílio e maus tratos.
Além das mortes, a Ordem também afirmou que alguns linchamentos resultaram em lesões corporais graves nas vítimas.