O Cine Pilarense foi palco, nesta terça-feira (14), de mais um importante evento destinado à capacitação de profissionais de saúde do Pilar, desta vez com foco na relação entre agentes comunitários e população assistida por meio do Programa Saúde da Família (PSF). Ministrada pela advogada Priscilla Lessa, especialista em Direito Médico e Saúde, a palestra abordou, entre outros assuntos, o alcance das visitas que vão muito além da detecção precoce de diversas doenças.

Vice-presidente da Comissão de Direito Médico da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AL), Lessa falou sobre as nuances da relação entre paciente e profissional, que costuma criar um vínculo importante com as famílias, tamanha a sensibilidade dos agentes.

“Pelo simples fato de frequentarem aquele ambiente, eles são os únicos profissionais capazes de desvendar uma série de situações. Nosso principal objetivo, portanto, é lembrar o quanto estes profissionais são importantes. Afinal, eles são o elo entre o poder público e a população”, disse a advogada, acrescentando que o grande desafio é entender o que cada família está vivenciando, a fim de se prestar um atendimento cada vez mais humanizado.

“A tarefa dessas pessoas não se resume ao ‘bater de porta em porta’. Também por isso é que, durante a palestra, reavivamos algumas situações que podem passar despercebidas em meio à rotina, a exemplo das doenças de notificação compulsória, além do respeito ao sigilo do paciente. Tenho certeza de que todos saíram daqui muito seguros e com a atenção redobrada, evitando, assim, quaisquer equívocos que possam comprometer a atividade”, emendou Priscilla Lessa, que vai ministrar a mesma palestra, nesta quarta-feira (15), para enfermeiros e médicos do Pilar.

Geniete Porfírio é agente comunitária e, na oportunidade, aprovou a iniciativa da Secretaria Municipal de Saúde. Ela aproveitou para tirar dúvidas e interagir com a palestrante.

“Foi um encontro muito produtivo e prazeroso, um grande aprendizado que iremos levar para o nosso dia a dia, enriquecendo, assim, a nossa profissão. Precisamos, sempre, de reciclagens como esta, para que a gente siga atendendo com a mesma qualidade. As pessoas confiam no nosso trabalho e retribuem o nosso esforço com muito carinho. Com isso, acabamos fazendo parte da vida delas, ouvindo suas angústias, e isso só aumenta a nossa responsabilidade”, avaliou a agente do PSF 3.