Monitoramento de rios serve de aviso prévio para moradores ribeirinhos; saiba como funciona
Até essa sexta-feira (08), Alagoas tinha mais de 65 mil pessoas desabrigadas e desalojadas por conta das chuvas

Mais de 50% dos municípios de Alagoas decretaram situação de alerta por conta das fortes chuvas que atingem o estado desde meados de maio. Ao todo, de acordo com o último boletim divulgado até o fechamento desta matéria, são 65.302 desabrigados ou desalojados por conta das inundações, além de seis óbitos.
Entretanto, o número poderia ser bem maior se não fosse pelas plataformas de coletas de dados (PCD), que armazenam e informam sobre dados dos níveis dos rios e lagoas, além da quantidade de chuvas. Essas PCDs foram instaladas no ano seguinte às enchentes de 2010, pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) nas principais bacias hidrográficas de Alagoas.
Localizados às margens, os equipamentos mensuram essas informações, principalmente, nos rios Mundaú, Paraíba e Jacuípe, assim como os outros rios e lagoas que atravessam o estado. O portal 7Segundos conversou com o meteorologista da Sala de Alerta da Semarh, Henrique Mendonça, que explicou como os PCDs funcionam.
"Vamos tomar como exemplo a bacia do Rio Paraíba. Se está chovendo em Quebrangulo, Paul Jacinto, nós sabemos a informação de como essa onda de cheia vai chegar em Atalaia ou Viçosa. A partir daí emitimos um alerta, com base nos dados, e sabemos o tempo de resposta, que pode variar entre 6h e 8h. Então, o aviso hidrológico é emitido para os municípios que podem ser afetados nesta região", detalhou.
Também existem PCDs que monitoram os níveis das lagoas, uma vez que recebem descargas hídricas dos rios. "O tempo de resposta neste caso é mais demorado, aí conseguimos avisar de forma antecipada que o nível está subindo e que vai impactar as cidades ribeirinhas".
Os equipamentos passam as informações em tempo real para a Sala de Alerta. Ao receber os dados, a Semarh repassa o aviso previamente às defesas civis municipais e Estadual, que alertam os moradores que podem ser afetados pela cheia.
"Na última chuva, os alertas foram emitidos de maneira antecipada e isso nos permitiu poupar vidas. As perdas registradas foram, praticamente, devido às pessoas que se arriscaram e foram próximas às áreas de risco. Como o caso do cidadão que, em União dos Palmares, foi tentar atravessar nadando o Rio Mundaú cheio. São casos bem diferentes dos que tivemos em 2010, justamente por conta desta possibilidade de previsão", finalizou.
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