Alagoas

MPE lança campanha de Agosto Lilás com objetivo de conscientizar sobre violência psicológica

A campanha recebeu o nome de "a mão invisível da violência psicológica" e vai abordar os impactos causados por esta agressão

Por 7Segundos com assessoria 01/08/2022 16h04
MPE lança campanha de Agosto Lilás com objetivo de conscientizar sobre violência psicológica
Banner da campanha - Foto: Reprodução/Assessoria

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL) anunciou, nesta segunda-feira (01), que o tema da campanha do Agosto Lilás deste ano será a violência psicológica.

Intitulada “a mão invisível da violência psicológica”, a campanha tem o objetivo de conscientizar as mulheres alagoanas sobre a influência desta forma de agressão.

“O objetivo é chamar atenção para os danos que esse tipo de agressão pode causar às vítimas, provocando desde a perda da sua independência e autoestima até o afastamento delas da família, do trabalho e de vida social, podendo levá-las ao suicídio”, comunicou o órgão.

Além disso, a MPE relembrou que essa forma de violência foi enquadrada como crime apenas recentemente, e que, devido ao pouco tempo que está em vigor, ainda é difícil para o Sistema Judiciário comprovar as consequências deste crime.

“Palavras também machucam, podem causar danos irreversíveis e, agora em 2022, o Ministério Público de Alagoas quer conscientizar a sociedade que esse dano também precisa e deve ser punido, antes que uma tragédia maior aconteça. Os canais de denúncia estão cada vez mais sendo fortalecidos e a vítima deve fazer uso deles em busca de proteção. E o MP, claro, estará sempre pronto para recepcionar essa mulher e fazê-la buscar a sua transformação de vida. Ela precisa se livrar do medo que a ronda e retomar uma rotina de paz, produtiva e que a faça feliz novamente”, afirmou o procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, durante o lançamento da campanha.

Para a promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher do Ministério Público, Hylza Paiva, o ato também serve para conscientizar o público em geral pois, segundo ela, a sociedade também culpa as vítimas.

“Infelizmente, muitas vezes, ainda há quem pense que a mulher, de alguma forma, contribui para aquela determinada situação de violência. E quando se trata da violência psicológica, isso se torna ainda mais comum, porque esse é o tipo de violação mais difícil de ser comprovada, já que as marcas atingem a saúde mental da vítima, e não o seu corpo físico ou o seu patrimônio. Faz-se urgente a sociedade entender que todo tipo de violência, seja ele de qual modalidade for, é extremamente danoso”, alertou.