Eleições 2022

Quais são as propostas dos candidatos a governador para população LGBTQIA+

Collor e Rui Palmeira não citaram o termo em seus planos de governo

Por 7Segundos 26/08/2022 14h02
Quais são as propostas dos candidatos a governador para população LGBTQIA+
Novas urnas eletrônicas - Foto: Assessoria

Alagoas é um dos estados mais violentos para população LGBTQIA+ do país, principalmente em relação às mulheres trans. Por isso, o 7Segundos foi conferir o que os planos de governo, dos candidatos a governador de Alagoas, dizem sobre o assunto.

Dentre os principais candidatos ao governo, Fernando Collor (PTB) e Rui Palmeira (PSD) não apresentaram nenhuma proposta para a população LGBTQIA+.

Paulo Dantas (MDB)
Candidato à reeleição, o governador Paulo Dantas cita a população LGBTQIA+ diretamente em duas propostas distintas. Além disso, há um projeto direcionado a população vulnerável.

- Capacitar os profissionais de segurança pública para prevenir e atender casos de discriminação, intolerância e violência contra os povos tradicionais e as populações negra e LGBTQIAP+;
- Apoiar a realização de festivais, encontros acadêmicos e culturais das comunidades LGBTQIAP+;
- Criar turmas de EJA voltadas para os públicos em situação de vulnerabilidade

Professor Cícero (PSOL)
O candidato ao governo de Alagoas do PSOL tem tópico inteiro para população LGBTQIA+, que traz dados sobre violência, além de propostas e compromissos.

- Diálogo com o movimento LGBTQIAP+, para elaboração de políticas públicas;
- Programas de assistência social, orientação e formação técnica e profissional
para a população LGBTQIAP+;
- Programa de incentivo e valorização a empregabilidade de pessoas
transseuxias e travestis em Alagoas;
- Produção dados sobre pessoas LGBTQIAP+ em situação de rua e articular as
políticas de assistência social e habitação, com unidades de acolhimento e
políticas afirmativas para habitação popular;
- Capacitação e treinamento continuado dos servidores públicos a respeito da
diversidade sexual e de gênero;
- Prevenir e enfrentar o bullying e a violência LGBTfóbica e promover respeito e
valorização da diversidade, com material de formação contra o preconceito,
sobre diversidade de gênero e sexualidade para a preparação de educadores e
estudantes.
- Uso de nome social nas escolas e banheiros adequados à identidade de gênero
auto percebida;
- Saúde integral das mulheres lésbicas, bissexuais e homens trans, articulando
com as instituições de formação de profissionais da saúde, combatendo a
violência ginecológica e obstétrica.
- Fortalecer e ampliar o Ambulatório trans, com capacitação dos profissionais de
saúde e insumos adequados, e demais questões para o processo de
hormonioterapia e procedimentos cirúrgicos de afirmação de gênero;
- Prevenção ao suicídio de pessoas LGBTQIAP+ e fortalecimento dos mecanismos
e equipamentos da política de saúde mental;
- Cidadania da população LGBTQIAP+ como política de todas as Secretarias do
Estado e políticas públicas, sem ser secundarizada ou negociada

Rodrigo Cunha (União)

O senador Rodrigo Cunha, candidato ao Governo de Alagoas pelo União, cita a população LGBTQIAP+ diretamente em três propostas; 

- Incorporar e garantir a adoção de estratégias e ações de caráter multisetorial no âmbito das políticas públicas com o intuito de fornecer serviços de qualidade, informação e orientação, particularmente nos territórios de maior vulnerabilidade, com atenção abrangente a crianças, mulheres, jovens (especialmente juventude negra), abrangendo a prevenção da gravidez na adolescência e estratégias de planejamento familiar, além da população em situação de rua e grupos LGBTQIAP+.
- Fomentar estratégias voltadas à disseminação de material pedagógico de suporte ao desenvolvimento de iniciativas e ações de combate à discriminação, valorização e respeito à diversidade, à identidade de gênero, à orientação sexual, e erradicação de todas as formas de preconceito, inclusive no tocante à educação sexual, à desmistificação de tabus em torno da gravidez precoce, ao combate ao machismo e à transfobia dentro e fora da escola.
- Promoção de uma educação para as relações étnico-raciais, bem como o respeito às diferenças, à identidade de gênero e à orientação sexual, com promoção de uma educação inclusiva e equitativa.