Mulheres com Vitiligo e PcD quebram barreiras e conquistam sua liberdade ao se tornarem modelos de moda praia
Mesmo vivendo em uma sociedade preconceituosa, as alagoanas Simone Silva e Amanda Vicente ganharam uma nova visão sobre a vida ao posarem com peças de moda praia

Continuando seu propósito de incluir todas as mulheres e em confiar no poder genuíno do autodescobrimento feminino, a Alma de Sereia lança duas novas modelos para o mercado da moda. A marca que já possui em seu casting, modelos com Síndrome de Down, agora conta com uma modelo com vitiligo e outra modelo PcD (Pessoa com Deficiência).
Simone Silva é coordenadora de uma clínica odontológica e o vitiligo surgiu após a gravidez. Ela que sofreu preconceito ainda pela desinformação e por acharem que seria contagioso, se libertou dos medos ao se tornar modelo pela primeira vez. Ela conta que voltar a usar um biquíni, foi um grande passo para sua liberdade emocional.
“No início foi bastante difícil. Eu não tinha vitiligo. O meu vitiligo veio surgir com 27 anos e foi apenas uma manchinha, onde em menos de 1 ano meu corpo já estava tomado. Senti muito preconceito, a sensação era de que as pessoas não querem chegar perto de você, como se fosse nojo. No meu trabalho uma pessoa chegou até a perguntar se era contagioso. Deus me permitiu que isso acontecesse por algum propósito, foi doloroso aceitar, mas hoje não mais, porque Deus me curou. Me acho linda e não me imagino sem minhas manchinhas. Não permita que o olhar ou o dizer das pessoas te façam sentir mal, eu me acho linda e é isso o que importa. Você é diferente porque Deus te fez assim.” comentou Simone Silva.
O vitiligo é uma doença autoimune caracterizada pela perda da coloração da pele, com diminuição ou falta de melanina em certas áreas do corpo. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), dados oficiais indicam que o vitiligo alcança 1% da população mundial. No Brasil, mais de 1 milhão de pessoas convivem com a doença.
Amanda Vicente é telefonista e passou por uma amputação da perna direita. Ela começou na Alma de Sereia primeiramente como maquiadora, logo depois foi convidada pra fazer algumas fotos e se surpreendeu com a mulher linda que é. Ela conta que passou por muitos momentos desagradáveis por meio da sociedade e também por alguns familiares.
“Após a amputação, foram 4 meses internada no hospital. Teve uma vez que fui botar um short, pois, usava muito e sempre amei short. Aí minha tia me viu e me deu uma saia longa para que eu pudesse cobrir o coto. E assim, foi bem difícil pra poder sair de casa, pois, passei a perceber os olhares das pessoas me olhando com indiferença, aí acabei desenvolvendo crises de ansiedade muito fortes. E foi aí que começou o meu receio com a amputação. Mas acabei relacionando a minha situação e de outros, como as flores, há várias diferentes por aí, nenhuma é igual a outra. A beleza está justamente nas diferenças e a Alma de Sereia pôde me ajudar a enxergar essa beleza que há em mim. Passar a ser modelo da Alma de Sereia me deu outra visão sobre a minha vida. E eu sinto que agora eu posso tudo.” relatou Amanda Vicente.
De acordo com o IBGE, 8,4% da população possui algum tipo de deficiência, o que representa 17,3 milhões de pessoas.
“A moda é feita para todos e até agora o universo das passarelas estigmatizou um padrão, mas, quem usam as peças são as mulheres... mulheres de todos os tipos, independente de idade, problema de saúde, das gordurinhas a mais, da cor da pele, do tipo de cabelo... Então, a Alma de Sereia tem por objetivo, abraçar todos os tipos de mulheres, da forma que Deus fez ou que por uma eventualidade, a vida tenha mudado de alguma forma. Que é o caso da Simone, onde o vitiligo apareceu depois da gravidez e do caso da Amanda, onde ela perdeu a perna por um problema de saúde. Nosso propósito é esse, ser uma marca que inclui todas as mulheres, sem exceção.” Comenta a CEO da Alma de Sereia, a modelo alagoana Olívia Gama.
A Inclusão Social é o conjunto de medidas direcionadas a indivíduos excluídos do meio social, seja por alguma deficiência física ou mental, cor da pele, orientação sexual, gênero ou poder aquisitivo dentro de nossa comunidade. Desta forma, o objetivo da Alma de Sereia é possibilitar que todos as mulheres sejam as protagonistas e possam, a partir das peças, vivenciar e contar novas histórias de vida e de superação, na sociedade em que vivemos.
A Alma de Sereia nasceu de uma ancestral intuição feminina em confiar no poder genuíno do autodescobrimento. É onde buscamos despertar conforto em tecidos e desenhar fluidez no corpo.
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