Política

Moraes cobra informações à PF sobre abordagem contra aliado de Renan em AL

Por 7Segundos com UOL 11/10/2022 18h06 - Atualizado em 11/10/2022 19h07
Moraes cobra informações à PF sobre abordagem contra aliado de Renan em AL
Ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE - Foto: Assessoria

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), cobrou informações da Superintendência da Polícia Federal em Alagoas sobre a abordagem feita ao presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Marcelo Victor (MDB), no último dia 1º, véspera do primeiro turno. 

O parlamentar foi alvo de uma averiguação da PF no Hotel Ritz Lagoa da Anta, ocasião em que agentes apreenderam uma mala com R$ 145 mil e material de campanha. Investigadores suspeitam que o dinheiro seria usado para suposta compra de votos.

Victor era candidato à reeleição e um dos apoiadores do governador Paulo Dantas, afastado hoje por decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) em investigação sobre desvio de recursos públicos. Ele também é aliado do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que levou o caso ao TSE. Moraes também abriu prazo de 48 horas para que o Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas preste as informações sobre o caso que achar necessárias. 

O ministro afirmou que compete ao presidente do TSE adotar as providências necessárias "em assuntos relacionados às relações inter-institucionais com outros poderes da República". 

A decisão de Moraes foi assinada ontem (10) em uma petição enviada ao TSE pelo senador Renan Calheiros (MDB) e pelo Diretório Estadual do MDB em Alagoas. Eles alegam que a atuação da PF foi "premeditada" e que teria ocorrido "interferência política" do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na superintendência da corporação. Lira e Calheiros são adversários políticos na região. "Há suspeita de que 'tenha ocorrido interferência política do Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, junto à Superintendência da Polícia Federal, para que fosse realizada a operação, a fim de causar prejuízos eleitorais ao referido candidato', alegou Renan Calheiros ao TSE.