Educação

Reitor da Ufal recebe representações estudantis para debater os cortes no orçamento

Se não houver reparação financeira existe risco de atraso no início do próximo semestre letivo

Por Assessoria 13/12/2022 10h10
Reitor da Ufal recebe representações estudantis para debater os cortes no orçamento
Reitor da Ufal em reunião com os alunos - Foto: Assessoria

O estado de espírito na comunidade universitária oscila entre a preocupação e a expectativa. Os cortes no orçamento no final deste ano já ultrapassam os 10 milhões de reais e impactam nas bolsas estudantis, salários dos terceirizados e funcionamento do restaurante universitário.

Nesta segunda-feira (12), durante a tarde, o reitor Josealdo Tonholo recebeu representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e de alguns Centros Acadêmicos para apresentar detalhadamente a situação orçamentária. “Queremos resolver a situação. Os estudantes precisam ser atendidos em suas demandas. Queremos condições para estudar. É um absurdo o que o governo Bolsonaro está fazendo com as universidades”, ressalta Thatiana Machado, coordenadora do DCE.

O pró-reitor Estudantil, Alexandre Lima, revela a preocupação com o possível atraso no início do próximo semestre letivo, previsto para 23 de janeiro. A Ufal tem 19,7 mil estudantes matriculados, destes, são 15 mil em situação de vulnerabilidade social, segundo dados da pesquisa Fonaprace, ou seja, a maioria. “São estudantes que necessitam do suporte de assistência estudantil. Não podemos iniciar o semestre se está faltando comida no restaurante e recursos para as bolsas”, alerta o pró-reitor.

A expectativa do reitor é de que as negociações sejam mais tranquilas a partir do próximo ano. “Sabemos que não haverá uma solução imediata e que o governo Lula vai iniciar com um orçamento bastante limitado. Por outro lado, teremos melhores condições para apresentar nossas necessidades, com mais abertura para sermos atendidos. Precisamos não só reparar o rombo orçamentário, mas replanejar o financiamento do ensino superior público”, enfatiza o reitor.

Essa é uma concepção estratégica da Educação, pondera Josealdo Tonholo. “As universidades públicas federais são importantes para a redistribuição de renda, numa perspectiva de superação das desigualdades sociais. Um governo que tem esse olhar, vai priorizar os recursos para a Educação. A Ufal é importante para o estado de Alagoas e toda a sociedade precisa defendê-la”, convoca Tonholo.

Os estudantes promoveram um ato de protesto no hall da Reitoria, após a reunião com o reitor, que também desceu de seu gabinete para falar com todos e explicar a real situação hoje da Universidade Federal de Alagoas.

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