Política

O Globo traz à tona nomeação da esposa de Renan Filho para Tribunal de Contas

Reportagem foi publicada na edição desta segunda-feira (6)

06/03/2023 10h10
O Globo traz à tona nomeação da esposa de Renan Filho para Tribunal de Contas
O GLOBO - Foto: Print

Mais uma vez o caso da nomeação da conselheira do Tribunal de Contas de Alagoas, Renata Calheiros, esposa do ministro dos Transportes, Renan Filho. Agora o tema está sendo levantado pelo jornal O Globo que questiona a independência do TC por manter parente no órgão de fiscalização.

A reportagem é destaque no jornal que até tem chamada na capa com o seguinte título: "Tribunais de Contas acumulam indicações de parentes políticos". Já no caderno interno do periódico, na editoria de Política, o título segue desta forma: "Fiscalização em família. Em tribunais de contas, 30% são parentes de políticos, como os indicados por ministros de Lula". Para ilustrar, há uma foto de Renata e Renan, bem como de outros personagens que seguem o mesmo contexto de nomeações.

Numa parte do texto, reportagem de O Globo assinada por Jan Niklas e Luiza Marzullo relata que dezembro do ano passado, Renan Filho, que havia deixado o governo de Alagoas em abril, conseguiu garantir vaga aberta no Tribunal de Contas do estado para sua mulher, Renata Calheiros. Após ser indicada, ela teve a candidatura aprovada no dia seguinte.

Além do caso de Renan Filho, há também os registros dos casos do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), que conseguiu a nomeação da esposa, Rejane Dias para o TC do Piauí.

Outro caso também citado reportagem é o do ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes que ainda governador do Amapá em fevereiro de 2022, nomeou a mulher, Marília Góes, no TC do estado.

Além disso, há o caso do ministro da Casa Civil, Rui Costa, que busca a vaga para a esposa, a enfermeira Aline Peixoto, para o TC dos Municípios da Bahia.

NEPOTISMO - A reportagem diz que apesar de nepotismo, decisões favoráveis seguem jurisprudência no Supremo Tribunal Federal que permite parentes em funções políticas como ministros e secretários.