Política

Delegado Fabio Costa participa de reunião com ministro da Justiça para apresentar demandas de CACs

Flávio Dino recebeu integrantes da Comissão de Segurança Pública da Câmara

Por Assessoria 22/03/2023 11h11
Delegado Fabio Costa participa de reunião com ministro da Justiça para apresentar demandas de CACs
Delegado Fabio Costa participa de reunião com ministro da Justiça para apresentar demandas de CACs - Foto: Assessoria

Como integrante titular da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara Federal, o deputado Delegado Fabio Costa (PP/AL) se reuniu, nessa terça-feira (21), com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para apresentar demandas relacionadas aos CACs [Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores]. É aguardada até a próxima terça-feira (28) uma resposta oficial do Ministério sobre os pontos debatidos.

A reunião foi agendada pelo próprio governo diante da possibilidade real de o colegiado convocar o ministro para dar explicações acerca de uma série de medidas tomadas no início da gestão que afetaram diretamente a prática do tiro esportivo no Brasil. Até essa terça, havia 16 pedidos de convocação de Flávio Dino nesta comissão.

Os deputados aproveitaram o encontro para discutir pontos que julgam importantes para a manutenção das atividades dos CACs em todo o País, assim como o recadastramento de armas e o teor do Decreto 11.366, de 1º de janeiro de 2023, assinado pelo presidente Lula, que surpreendeu os atiradores esportivos.

A medida do Governo Federal suspendeu os registros para a aquisição e transferência de armas e de munições de uso restrito, restringiu os quantitativos de aquisição de armas e de munições de uso permitido, suspendeu a concessão de novos registros de clubes e de escolas de tiro, suspendeu a concessão de novos registros de colecionadores, de atiradores e de caçadores, e instituiu grupo de trabalho para apresentar nova regulamentação à Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003.

Fabio Costa estava entre os 26 parlamentares que integram a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e que participaram da audiência com o ministro da Justiça. Ele classificou o encontro como positivo e se diz esperançoso de que haja novidades para o mundo do tiro esportivo.

“Vimos que o ministro acabou fazendo anotações de todos os pontos e, claro, a gente não sabe o que vai acontecer, mas a expectativa é positiva para que possamos ter dias melhores em relação ao mundo do tiro e para que este importante segmento não seja dizimado”, frisou. “Esperamos boas notícias na próxima terça-feira e, se isso não acontecer, vamos continuar lutando com muita bravura, coragem e destemor para conseguirmos avanços no setor de armas e na segurança pública como um todo”, completou.

Coube ao deputado Marcos Pollon (PL-MS) expor a pauta ao ministro. Ele salientou que era urgente obter uma resposta do ministro Dino, já que está acabando o prazo para o recadastramento de armas, que é dia 8 de abril.

“O ministro entrou em contato com a bancada do governo e se dispôs a nos ouvir. Apresentamos praticamente todas as pautas, as mais fundamentais, relacionadas à manutenção do tiro esportivo, da caça de controle e do colecionismo. Ele entendeu que alguns pontos são razoáveis e ficou de nos dar a devolutiva na próxima terça-feira. Acreditamos que o diálogo possa construir uma ponte”, afirmou Pollon, ao fazer um balanço do encontro ao lado do deputado Fabio Costa.

Além de Dino, participaram da reunião o secretário Nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar; o secretário de Assuntos Legislativos, Elias Vaz; e o secretário-executivo do MJSP, Ricardo Capelli. Os deputados pediram a extensão do prazo de recadastramento das armas junto à Polícia Federal e a entrada de representantes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal no Grupo de Trabalho que estuda o decreto, dentre outras medidas.

O ministro Flávio Dino agradeceu a visita dos parlamentares e se colocou à disposição para dialogar e estudar as demandas do grupo. “Algumas são perfeitamente factíveis, mas a norma tem que se adequar à realidade”, afirmou Flávio Dino. De acordo com o ministro, o recadastramento não busca penalizar os clubes de tiros ou os atiradores esportivos, mas, sim, quem comete desvio de finalidade.