Dentista maceioense é preso apontado como líder de organização criminosa milionária
Ele usava o consultório e atividade agropecuária para lavar o dinheiro proveniente do tráfico de drogas

A Polícia Civil de Alagoas (PC-AL) apontou um dentista maceioense como o líder de uma organização criminosa que trabalhava com tráfico de drogas. Ele usava o consultório e a atividade agropecuária para lavar o dinheiro proveniente do crime. O grupo tinha como principal produto a cocaína.
A conclusão foi resultado da Operação Escobar, que aconteceu nesta quinta-feira (23) em Alagoas, Paraíba, Minas Gerais e São Paulo. A ação contou também com a participação da Polícia Militar e as polícias civis dos demais estados citados. Ao todo foram 36 mandados, sendo oito de prisão e 28 de busca e apreensão.
Durante coletiva de imprensa, o delegado Igor Diego explicou que os suspeitos chegaram a movimentar mais de R$ 7,5 milhões no período de quatro anos. O líder foi preso na fazenda que tinha em Ibateguara, e usava a compra e venda de gado e cavalo para justificar os ganhos. A investigação desse caso por parte da Divisão Especial de Investigação e Capturas (DEIC) dura mais de um ano.
O delegado contou que o dentista já tinha sido preso em 2014 por tráfico de drogas e associação para o tráfico. À época, ele foi pego com 130kg de maconha e ficou detido até 2018. “Depois que saiu, continuou praticando o crime, se organizou para ser o grande mentor do grupo, no qual os traficantes pediam a droga a ele, que iria solicitar com dois fornecedores, um em São Paulo e outro em Minas”.
A partir daí, detalha Diego, os fornecedores enviavam os entorpecentes diretamente para os traficantes nas cidades de Maceió, Boca da Mata, Rio Largo, Barra de São Miguel, Ibateguara e Palmeira dos Índios. “O líder dava um cartão com números de outras contas bancárias, para que não fosse feito o depósito na conta dele”.
“Os presos hoje funcionavam como cabeças da operação. As que lidavam com a venda é eram responsáveis por fazer depósitos inomináveis em lotéricas em uma das contas passadas pelo dentista. A investigação apontou que vários foram feitos por pessoas aleatórias, mas quem mais movimentou foram traficantes, detentos, ex-presidiários e familiares de ex-presidiários”, relata Diego.
Ao todo, cerca de 150 agentes das polícias dos estados envolvidos participaram da operação. Sete pessoas foram presas, sendo cinco em Alagoas, um em São Paulo e outro em Minas Gerais. Sete veículos foram apreendidos, sendo cinco carros e duas motos, dos quais quatro eram de SP e o resto de Alagoas.
Também foram apreendidos dois apartamentos no bairro da Jatiúca, parte baixa de Maceió, que pertenciam ao dentista. A documentação da fazenda dele ainda vai ser analisada, para confirmar se foi adquirida com dinheiro proveniente do tráfico. Se for comprovado, o local também será desapropriado.
Últimas notícias

Prefeito Luciano Barbosa posta nota de pesar pela morte de Dona Helena, matriarca do Grupo Coringa

Unidade Trapiche do Hemoal Maceió funciona em horário reduzido neste sábado (15)

Previsão do tempo para este fim de semana em AL é de nebulosidade e possibilidade de chuva

Juizados da Mulher da Capital e de Arapiraca analisam 256 processos de violência doméstica

Motociclista fica gravemente ferido após colidir contra poste na Mangabeiras

Unidade do Hemocentro de Arapiraca tem nova gerente
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
