Dia dos Povos Indígenas celebra a diversidade cultural das 11 etinias presentes em Alagoas
Nome da data foi alterada em 2022
O Dia dos Povos Indígenas é comemorado pela primeira vez nesta quarta-feira (19), no Brasil. A data anteriormente era chamada de “Dia do Índio" e foi alterada pela Lei 14.402, de 2022. Em Alagoas, a data celebra a diversidade das 11 etnias espalhadas pelo seu território.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o censo de 2010 evidenciou a existência de 14.509 indivíduos indígenas, de etnias diferentes, vivendo em 14 cidades alagoanas.
Em área urbana, as cidades que possuem a maior concentração dessa população são Maceió (2.420), Pariconha (1.000) e Palmeira dos índios (588). Já em área rural, os municípios com a maior concentração são Pariconha (2.303), Porto Real do Colégio (1.607) e Joaquim Gomes (1.388).
Essa diferença ocorre, pois não necessariamente as populações indígenas vivem em uma mesma localidade. Segundo o IBGE, existiam em 2010, 10.023 sujeitos vivendo fora de suas terras, em comparação a 4.486 que escolheram viver em suas próprias terras.
ALTERAÇÃO DO NOME
O projeto, da deputada federal Joenia Wapichana (Rede-RR), promulgado por Jair Bolsonaro no ano passado, recebeu relatório favorável de Fabiano Contarato (PT-ES). O senador explicou que o termo "povos indígenas" é preferido pelos povos originários, que veem a designação "índio" como preconceituosa.
De acordo com o relator, “o termo ‘indígena’, que significa ‘originário’, ou ‘nativo de um local específico’, é uma forma mais precisa pela qual podemos nos referir aos diversos povos que, desde antes da colonização, vivem nas terras que hoje formam o Brasil. O estereótipo do ‘índio’ alimenta a discriminação, que, por sua vez, instiga a violência física e o esbulho de terras, hoje constitucionalmente protegidas”.
Por outro lado, o termo “índio”, segundo Contarato, foi difundido quando os portugueses chegaram ao Brasil e acharam, erroneamente, que haviam chegado às Índias.