Marcelo Alves - repórter

A deputada estadual Cibele Moura volta a usar as redes sociais para solicitar o apoio dos seguidores e da população alagoana para buscar aprovar mais um projeto de lei, na Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas (ALE-AL). Desta vez a parlamentar, pede a ajuda para a iniciativa dela de criar o protocolo espanhol chamado No Callem (não nos calaremos, em tradução livre). Esse procedimento foi criado em 2018, em Barcelona, na Espanha, e é voltado ao combate agressões sexuais e violência contra mulheres em espaços como discotecas e bares. Esse instrumento dá celeridade às atuações contra esses crimes como acorreu no caso do jogador Daniel Alves.

Diante dessa realidade do protocolo No Callem, a deputada já lançou a proposta de trazer o procedimento para Alagoas. “Sabem que eu fiquei pensando aqui no gabinete: por que não fazer isso aqui em Alagoas? Me reuni junto com o pessoal da Segurança Pública do Estado de Alagoas e com a Abrasel, com os bares e restaurantes do nosso estado. E a gente também elaborou o protocolo No Callen Alagoano. Hoje, ele é um projeto de lei aqui, na Assembleia, e a gente precisa da sua ajuda para que ele possa ser aprovado. Eu preciso que você me ajude compartilhando esse vídeo divulgando esses números assustadores de violência contra a mulher no Brasil, para que a gente possa dizer que Alagoas também quer ser exemplo, mas o exemplo do combate à violência. E não é exemplo de violência”, destacou.

Para fazer a defesa da introdução do protocolo No Callen, no estado, Cibele inicia o vídeo que postou na rede social dela com a pergunta sobre o depoimento da mulher que foi vítima de estupro praticado pelo jogador Daniel Alves, que se encontra preso em Barcelona. “Você viu que o depoimento da mulher que foi estuprada pelo jogador Daniel Alves foi revelado? ‘Esse cara vai me machucar muito’. Essa foi uma das muitas frases ditas pela vítima durante seu depoimento. Aqui no Brasil, 822 mil casos de estupro são registrados todos os anos. Isso equivale a 2 crimes, por minuto. O nosso país sabe qual é o mais triste deles, apenas 8,5% desses casos são notificados pela polícia”, disse.

Para exemplificar a agilidade da polícia de Barcelona nesses casos, Cibele Moura cita que se deve ao protocolo No Callen. “Lá em Barcelona, eles conseguiram agir de maneira rápida. Até hoje, o jogador Daniel Alves continua preso porque lá eles têm um protocolo No Callen. É um protocolo feito e adotado por diversos bares e casas noturnas para que a vítima, ela seja acolhida. É pensando em quem realmente interessa nesse caso, que é a proteção da vítima”, ressaltou.