Treze terras indígenas em Alagoas aguardam fim de guerra judicial sobre posse
Estado possui 11 terras indígenas

O Conselho Indigenista Missionário divulgou nesta quarta-feira (26) os dados relacionados a violência indígena em todo o Brasil, dentre as quais se encontra a situação das terras indígenas no país, das quais 11 estão em Alagoas.
No ano de 2022 Alagoas teve 6 terras em que não houve tomada de providência são essas as terras: Karuazu do povo Karuazu no município de Pariconha, Katokim do povo Catokim também em Pariconha, Koiupanká do povo Pankararu - Koiupanká no município de inhapi, Pankararu de Delmiro Gouveia do povo Pankararu no Município de Delmiro Gouveia, Xukuru Palmeira do povo Xukuru-Kariri em Palmeira dos Índios e por último a terra Xukuru-Kariri – Taquarana também do povo Xukuru-Kariri no município de Taquarana.
Duas terras se encontram a identificar sendo elas as terras de Jeripankó do povo Jeripankó que se encontram em Água Branca e Pariconha e as terras Kalankó do povo Kalankó em Água Branca.
Uma terra tem situação identificada sendo essa a terra Wassu-Cocal do povo Wassu no município de Joaquim Gomes, em situação declarada temos as terras Xukuru-Kariri do povoado Xukuru Kariri em Palmeira dos Índios e por último as terras Kariri-Xocó do povo Kariri-Xocó em Porto Real do Colégio e São Braz.
Dos casos entre pendências de posse de terras o relatório destaca 2 casos no estado os quais se encontram as terras indígenas de Karuazu, do povo Karuazu, que está sendo atingida pelas obras do Canal do Sertão, um braço da transposição do Rio São Francisco que passa a menos de 2 km das comunidades Tanque e Campinhos, e que foram iniciadas e licenciadas sem que o povo fosse consultado e seguiram, no ano de 2022, sem que houvesse qualquer tipo de consulta, mitigação ou compensação dos impactos à comunidade. A situação soma-se à falta de demarcação do território, reivindicada há pelo menos 22 anos. O povo Karuazu ocupa uma área dominial no município de Pariconha.
O segundo destaque se deu para as terras Xukuru-Kariri, do povo de mesmo nome, que em 2021, denunciou a implantação de uma mina a céu aberto e instalações para beneficiamento e produção de concentrado de cobre por parte da empresa Mineração Vale Verde, com impactos diretos sobre o território Xukuru-Kariri e suas comunidades. O governo do estado de Alagoas liberou licenças ambientais e o uso do solo por um período de 27 anos. A mineradora prevê lavrar cerca de 4,1 milhões de toneladas de minério por ano no município de Craíbas (AL), onde a mina funciona. A reativação da ferrovia transnordestina, que corta o território Xukuru-Kariri em Palmeira dos Índios (AL), não avançou, mas permanece como uma ameaça sobre a terra dos indígenas.
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