“Não vai dedurar Bolsonaro”, diz advogado de Mauro Cid
Advogado de Mauro Cid afirmou que, “na realidade, houve um equívoco”, após declarações que indicavam delação contra Bolsonaro
Cezar Bittencourt, advogado do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), negou, nesta sexta-feira (18/8), que o cliente “vai dedurar Bolsonaro” por se sentir pressionado.
À GloboNews Bittencourt afirmou que “tem muitas coisas que não tem nada a ver. Na realidade, houve um equívoco, houve má-fe. Em primeiro lugar [é um equívoco] que o Cid vai dedurar o Bolsonaro.”
A declaração ocorre menos de 24h depois de ter afirmado à revista Veja que o cliente se sentia pressionado e que assumiria a culpa para livrar seus familiares de envolvimento em eventuais crimes cometidos por Mauro Cid.
Na quinta (17/8), a Veja publicou uma entrevista exclusiva com o advogado de Mauro Cid, na qual Bittencourt antecipou informações de que o cliente admitiria que vendeu joias recebidas por Bolsonaro de presente da Arábia Saudita a mando do ex-presidente.
O advogado havia dito que Mauro Cid apenas “cumpria ordens”, dando a entender que o militar entregaria Bolsonaro em seu depoimento.
Entenda o caso
A Operação Lucas 12:2 investiga o destino de presentes dados ao então presidente Bolsonaro durante visitas oficiais. Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), os itens devem ficar no acervo da União, e não no acervo pessoal do ex-mandatário.
Estão envolvidos no caso: o tenente-coronel Mauro Cid; o pai dele, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid; outros ex-ajudantes de ordens de Bolsonaro; além do advogado Frederick Wassef. Eles teriam negociado a venda das joias com lojas especializadas nos Estados Unidos (EUA).