Artes

Sol, mar e risos: Humorista Max Petterson fala sobre sua carreira durante passagem por Maceió

Ator e comediante cearense lotou o teatro Marista para contar aventuras no exterior

Por Kamilla Abely *Estagiária 02/09/2023 08h08
Sol, mar e risos: Humorista Max Petterson fala sobre sua carreira durante passagem por Maceió
Turnê já foi assistida por mais de três mil pessoas - Foto: Sid Lermen Fotografia

Cadeiras ocupadas, teatro iluminado, olhos e ouvidos atentos para cada história que criaria vida no palco. Esse foi o cenário do Teatro Marista, localizado no bairro Farol em Maceió, para receber o espetáculo de Max Petterson no último sábado (26). Há um tempo atrás, o ator e comediante cearense não imaginaria que a turnê “Bôco Bonjour - um suvaco, uma colher e o gato” iria além de Fortaleza - onde começou.

“Depois que vi o pessoal pedindo em Juazeiro do Norte, Natal, Recife, João Pessoa e em São Paulo, comecei a entender a grandiosidade da turnê. Para mim, rodar no nordeste é muito importante porque o meu país é o nordeste. A gente sabe que o Brasil é de tamanhos continentais e o Ceará é um país, Alagoas é um país e é muito incrível conhecer essas culturas que também são minhas e dividir a minha com todas essas pessoas”, revelou Max.

O espetáculo, apresentado em mais de 20 cidades - incluindo uma fora do Brasil, já foi assistido por mais de três mil pessoas. Em Maceió, os ingressos esgotados somaram mais de 400 pessoas no teatro. Entre elas, as amigas Andrielly Santos, de 25 anos e Kallygema Faustino, de 21 anos, reservaram seus ingressos com um mês de antecedência.

“Conheci Max através da minha amiga Andrielly que compartilhava as histórias dele em Paris e a gente se divertia muito. Comecei a acompanhá-lo também e quando a gente descobriu que ia ter um show aqui, a gente surtou. Estar aqui representa também nossa amizade porque foi um artista que a gente conheceu junto”, afirma Kallygema.

Para a amiga Andrielly, a admiração pelo artista começou a partir das suas raízes nordestinas. “Conheci o Max pelo Instagram, de maneira aleatória, eu achava incrível, principalmente porque mesmo estando em Paris, falando francês, ele ainda preservava o sotaque. O jeito de fazer comédia dele sempre me encantou e os trabalhos enquanto ator fez eu me tornar ainda mais fã”, afirma.


Veia artística e a paixão pelo teatro

Max, que explodiu na internet como influenciador, tem sua formação como ator e participou de produções premiadas como o filme cearense “Bem-Vinda a Quixeramobim” (2022), dirigido pelo cineasta Halder Gomes, que no mês de agosto conquistou a categoria de Melhor Filme pelo Júri Popular na 22ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

A paixão pela arte e teatro foi despertada pela falta de timidez. Com apenas 8 anos de idade, Max participou de alguns programas infantis na rádio em Farias Brito e no município vizinho, dando orientações para a população sobre alguns assuntos de forma lúdica.

“Foi uma loucura, era muito criança e lembro que cheguei na porta da rádio de Farias Brito e disse que queria participar e o pessoal aceitou. Não ganhava um centavo mas participei um bom tempo, falava assuntos da prefeitura com orientação para o povo evitar dengue, pagar conta de luz, essas coisas”, ressaltou.

Quando perguntado sobre suas referências no humor e no teatro, Max revela que é difícil citar apenas uma pessoa. “Eu me inspiro em vários, em Rosiclea, no Whindersson, na Fernanda Torres, todo mundo que prestar eu me inspiro. E no teatro é a mesma coisa, porque inspiração para mim é todo tipo de história de superação, algo que eu me vejo ali, se essa pessoa conseguiu é a prova que eu também possa conseguir”, afirma.

Chegando ao final da turnê, Petterson diz que o projeto é o seu maior orgulho na carreira. “A turnê Bôcu Bonjour é um escândalo para mim, porque é algo muito incrível imaginar que nós fomos um recorde nos teatros e na audiência com a primeira turnê que foi um tiro no escuro e deu muito certo”.


Max conta que seu maior objetivo atualmente é sobreviver fazendo o que gosta e revela mais um projeto que vai sair do forno. “Temos um projeto de fazer uma turnê do “Assistiu Porque Quis” que é a versão teatral do podcast com a Mila Costa e com a Morgana Camila, o “Escutou Porque Quis”, estamos tentando desenvolver essa turnê com a agenda de cada um. Além disso, tem os filmes e produções audiovisuais que vão ser lançadas também”, conta.

Teatro e humor em Maceió


Com nome de origem francesa que significa “diversão”, a Amuse foi a produtora local responsável pelo espetáculo. “O espetáculo do Max foi incrível, ele é um artista ímpar e muito profissional. Estamos radiantes e super felizes com o resultado. Somos uma produtora recém inaugurada e nosso objetivo é justamente diversificar e inovar esse mercado de entretenimento e de espetáculos que chegam na cidade”, destacou o Diretor Comercial da Amuse, César Lôbo.

Para a fã Iris França, de 29 anos, que veio assistir o espetáculo com o esposo, é importante poder prestigiar espetáculos como o de Max. “É essencial incentivar os artistas da nossa terra e do nordeste em geral. E aqui em Maceió, a gente tá tendo essa oportunidade de ter esse espetáculo aqui e isso é muito positivo”, destacou.

Com supervisão da Editoria.