Defensoria Pública cobra plano de enfrentamento para possível surto de Meningite
Na manhã de hoje, a Sociedade Alagoana de Infectologia alertou as autoridades e a população alagoana sobre o surto de doença meningocócica em Maceió.
A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) oficiou, nesta quarta-feira, 13, as Secretarias Municipais de Saúde de Maceió (SMS) e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), requisitando que os entes públicos apresentem, em até 10 dias, um plano de enfrentamento para um possível surto de meningite no estado de Alagoas e mais especificamente no município de Maceió.
O pedido foi assinado pelo Defensor Público do Núcleo de Proteção Coletiva, Daniel Alcoforado, e pede que sejam detalhadas quais medidas já foram aplicadas e os prazos para a adoção de novas iniciativas que reduzam o risco de transmissão e garantam o tratamento adequado aos cidadãos.
Na manhã de hoje, a Sociedade Alagoana de Infectologia alertou as autoridades e a população alagoana sobre o surto de doença meningocócica (um tipo de meningite) em Maceió. Segundo boletim da Sesau, entre os meses de janeiro e junho deste ano, os casos da doença dobraram em Alagoas. No período, foram registrados 29 casos de meningite, 21 apenas na capital, e 5 mortes, um número superior ao registrado no mesmo período anterior, quando foram registrados 24 casos e 4 mortes, segundo a Sesau.
Em abril deste ano, a Defensoria Pública reuniu os atores da saúde pública alagoana para discutir a necessidade de criação de um protocolo de atendimento, diagnóstico e tratamento da meningite em Alagoas. Conforme o referido Defensor Público, os gestores informaram sobre o início de um estudo de novo fluxo de atendimento, inclusive com a escolha do Hospital Helvio Auto como porta aberta para novos casos; contudo, a situação apresentada no momento é mais grave, diante da possibilidade de um surto.
“As secretarias precisam definir e apontar quais medidas vão adotar para enfrentar a situação e tentar conter a disseminação da doença. Precisamos saber se farão campanhas de vacinação, se vão adquirir vacinas para os grupos ainda não atendidos pelo Programa Nacional, se vão aumentar leitos hospitalares, etc”, destaca o defensor."