Energia Eólica pode ser o futuro do abastecimento no Estado
Nesta semana, o Governo de Alagoas esteve no maior evento de energia Éolica da América Latina
Uma fonte alternativa de energia chamada de 'Eólica Offshore', vai começar a ser implementada no país, a diferença para as turbinas comuns é que essas serão implementadas no mar, aproveitamento o potencial dessas áreas. Nesta semana, o Governo de Alagoas esteve no maior evento Brazil WindPower, maior evento de energia eólica da América Latina e a Eólica Offshore pode ser uma alternativa.
No mar, os ventos poderão ser mais constantes e com maiores velocidades, um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que o Brasil pode ter um potencial de 700GW (gigawatt) total com essa nova alternativa, muito maior que a atual de 194 GW.
O Nordeste é uma região com boa oportunidade de exploração dessa fonte de energia, principalmente entre a costa do estado do Piauí e Rio Grande do Norte, tendo um potencial teórico de até 41000 MWh/km/²/ano (Megawatthora por quilômetro quadrado por ano). O estado de Alagoas não está entre os principais mas também tem um bom potencial, podendo ser de 1700 a 2100MWh/km²/ano.
Durante o evento da Brazil WindPower, foi salientado que a atual gestão do governo do estado se dedica para aumentar as fontes de energia, principalmente as limpas e renováveis, e que não somente se pense no meio ambiente mas também no preço da energia para a população.
Além disso, foi dito que o Governo de Alagoas tem intenção de investir R$ 6 bilhões em uma instalação de uma usina termelétrica em Marechal Deodoro e outra em Pilar, e também um parque eólico em Mata Grande, que ao todo geraria 1300MWh, menor que o potencial teórico da eólica offshore.
Até o mês passado, mais de 78 pedidos de licenciamento no Ibama foram solicitados para a instalação de eólicas offshore em todo país, que caso instalado representaria 189GW, sendo levemente menor que a atual do Sistema Interligado Nacional de 194GW de potência. E em março deste ano, a Petrobras firmou um acordo com uma empresa norueguesa para avaliar sete projetos que poderiam gerar cerca de 14,5GW.
O investimento dessa energia seria importante para o país, uma vez que o Brasil precisa seguir o Acordo de Paris. Em 2015, o Brasil assinou um pacto para reduzir os gases do efeito estufa em 37% até 2025 e 50% até 2030. Da mesma forma, ano passado o Brasil fez outro acordo para não somar com o efeito estufa, diminuindo as emissões e também para capturar carbono da atmosfera.