Hipnose resolve caso de menino que só comia chocolate e batata frita
Rocco O’Brien, 8 anos, sofria com transtorno alimentar restritivo evitativo, até que foi tratado com hipnose e passou a se alimentar melhor
Hábitos alimentares saldaves nunca foram do agrado do pequeno Rocco O’Brien. O inglês de 8 anos se recusava a comer qualquer coisa diferente de chocolate e batatas fritas até que foi tratado com hipnose. A abordagem permitiu que o garoto incluísse novos alimentos à sua dieta.
Segundo a mãe de Rocco, Heidi O’Brien, o menino possui transtorno alimentar restritivo evitativo (Tare). “A resistência alimentar dele começou assim que foi feito o desmame. Ele engasgava com tudo e evitava certos alimentos. Fui daquelas mães da velha guarda, que desmamaram aos quatro meses em vez de seis”, afirma ela.
“Era horrível levá-lo para o restaurante, ele não comia nem mesmo macarrão. Uma vez coloquei uma porção de espaguete na mão dele, mas Rocco gritou como se estivesse segurando uma aranha. Tentei o mesmo com peito de frango, e ele chorou”, conta Heidi.
Indivíduos com Tare não conseguem experimentar novos alimentos e repetem sempre comidas, texturas, sabores ou mesmo cores. O transtorno pode causar deficiência nutricional significativa no paciente.
Diante da restrição alimentar, os pais de Rocco o levaram ao nutricionista, que sugeriu um suplemento de alto valor nutricional para evitar piores consequências. “Os profissionais não se interessaram, foram péssimos. Até que encontrei psicólogos que definiram que ele tinha Tare”, afirma a mãe. A criança também foi diagnosticada com autismo.
Hipnose para comer melhor
Ao pesquisar sobre o transtorno do filho, Heidi descobriu o contato do psicólogo David Kilmurry, que usa hipnoterapia cognitivo-comportamental para tratar indivíduos com Tare, ansiedade, insônia e outros problemas psicológicos.
“Depois de apenas duas sessões, Rocco experimentou espinafre, maçã e pêra. São coisas que ele nunca tentaria comer, pois consideraria a textura estranha”, explica Heidi.
“Foi uma honra conhecer e trabalhar com Rocco e sua família, que fizeram uma grande jornada até aqui, o que por si só é uma conquista por conta do autismo. A criança ficou muito relaxada e feliz ao comer os alimentos imediatamente após a hipnose. É um prazer vê-lo comendo frutas como se estivesse fazendo isso a vida toda”, afirma Kilmurry.