Esporotricose: A Ameaça Silenciosa que se Espalha por Alagoas
Médico Veterinário também destaca que a esporotricose é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida dos animais para os humanos
O crescimento alarmante dos casos de esporotricose em várias regiões do Brasil vem chamando a atenção de pesquisadores e autoridades de saúde. Alagoas não está livre dessa preocupação, e a Comissão de Saúde Pública Veterinária (CRSPV) do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Alagoas – CRMV/AL está tomando medidas para enfrentar essa situação. Em uma reunião realizada no dia 2 de junho de 2023, a comissão definiu a elaboração de uma Nota Técnica para alertar médicos-veterinários clínicos de cães e gatos sobre a importância de investigar a esporotricose.
Conversamos com o Médico Veterinário Chales Nunes, especialista em doenças em animais de estimação, para entender melhor essa ameaça crescente em Alagoas. De acordo com ele, a esporotricose é mais comum em gatos, devido às suas atividades mais propensas a ferimentos na
pele.
'O primeiro sinal de alerta para a esporotricose é uma lesão na pele que não cicatriza facilmente, geralmente ulcerada e com secreção. Essas lesões são comuns nas extremidades, como patas, focinho, orelhas e rosto dos gatos, e frequentemente causam coceira intensa.
''É Importante lembrar que a esporotricose também pode afetar seres humanos, sendo uma zoonose. Anteriormente, acreditava-se que a doença era ocupacional, com jardineiros e lenhadores frequentemente contraindo o fungo por meio de ferimentos causados por espinhos. No entanto, agora, a doença é transmitida diretamente de animais para humanos", destacou.
E explicou: "A falta de notificação dificulta o controle da doença, A Aesporotricose é considerada uma doença negligenciada, e a notificação de casos humanos não é obrigatória no Brasil. OMinistério da Saúde está revendo suas diretrizes para tornar a notificação obrigatória, uma vez que a falta dela impede a implementação de medidas eficazes de vigilância."
Novos casos estão surgindo em Maceió, e a área de vigilância epidemiológica que lida com casos humanos já emitiu orientações aos profissionais de saúde para notificarem casos suspeitos. A cidade está considerando a implementação de uma portaria que tornaria a notificação de casos humanos obrigatória.
''Atualmente, a notificação de casos em animais também não é obrigatória. Estamos conversando com médicos e profissionais de saúde, e está claro que tem havido um aumento nos casos, especialmente na área de dermatologia das unidades de saúde", concluiu.
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