Violência

Prints de conversa de mulher que matou PM mostram que ela era repreendida por usar roupa curta

Troca de mensagens entre PM e mulher indicam relacionamento abusivo

Por 7Segundos 14/11/2023 10h10 - Atualizado em 14/11/2023 10h10
Prints de conversa de mulher que matou PM mostram que ela era repreendida por usar roupa curta
Print de uma das conversas entre mulher e PM - Foto: Reprodução/Arquivo

Mensagens trocadas por WhatsApp entre PM e a mulher que confessou matá-lo foram reveladas, indicando desavenças entre os dois por conta de roupas usadas pela mulher, que também relata episódios de agressão.

Nicoly dos Santos foi presa em flagrante após matar o sargento Rodrigo Viana a tiros e confessou o crime. Para a Polícia, ela disse que estava em um relacionamento abusivo e atirou em legítima defesa. Ela foi solta nesta terça-feira (14) para responder o processo em liberdade.

Uma das conversas divulgadas mostra que a mulher tentou terminar seu relacionamento, inclusive mencionando um episódio de agressão do policial.

"Não consigo ficar com você e esquecer a situação que ficou o meu rosto, os tapas, o corte horrível na boca e meu olho com sangue, entre outras coisas que não preciso citar.... Coisas desse tipo aconteceram mais de uma vez, mas a noite que me refiro e você sabe, foi a que eu praticamente jurei que iria morrer ali, como você disse".

Em outra, o PM reclama da roupa usada por ela, que, segundo ele, estava curta demais. A mulher chega a se desculpar pelo “erro”.

“[Roupa curta] Tem que perceber. Tem espelho, é só olhar, isso não é desculpa não! Cola não, viu?! Você não é cega! E dá para sentir, aquela blusa não cobre a sua bunda e você sabe...".

Depoimento anterior da acusada também já tinha indicado agressões e abusos por parte do policial, que namorava com ela há três anos. A mulher relatou golpes sofridos, como puxões de cabelo e “mata-leão”, além de abusos psicológicos, incluindo um episódio onde foi obrigada a beijar os pés dele e implorar por sua vida.

A Polícia Civil concluiu o inquérito dia 9 de novembro, afirmando que a mulher agiu em legítima defesa e deixando de indiciá-la por homicídio.