Israel fecha acordo para troca de reféns do Hamas por presos palestinos e trégua de 4 dias em Gaza
Mulheres e crianças deverão ser liberadas dentro de um intervalo de quatro dias, segundo o governo de Israel. Pausa no conflito poderá ser prorrogada se mais reféns forem libertados
Israel e Hamas fecharam um acordo para libertar 50 reféns em troca de uma pausa no combate. O acordo foi firmado na quarta-feira (22), pelo horário local — noite de terça-feira (21), no Brasil. As informações foram divulgadas pelo gabinete de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel.
Cerca de 240 pessoas foram sequestradas pelo Hamas no início de outubro, quando a guerra começou. De acordo com o governo dos EUA, o grupo terrorista afirma que o cessar-fogo é necessário até mesmo para que se possa escolher quais serão os libertados.
Autoridades norte-americanas confirmaram que as discussões para o acordo também envolviam a liberação de 150 palestinos mantidos como prisioneiros por Israel. Essa informação também está em um comunicado publicado pelo Hamas, que disse que os prisioneiros são mulheres e crianças.
Mais de 13 mil pessoas já morreram no conflito — 1.402 do lado israelense e 12.300 na Faixa de Gaza, segundo o governo do Hamas (os números não puderam ser verificados de forma independente).
Negociações
A imprensa israelense disse que os primeiros reféns devem ser libertados na quinta-feira (23). De acordo com o governo, mulheres e crianças sob o poder do Hamas serão liberadas dentro de um intervalo de quatro dias. Durante este período, o conflito estará em pausa.
O gabinete do primeiro-ministro afirmou ainda que a pausa no conflito poderá sofrer prorrogações de um dia para cada 10 reféns liberados.
As negociações vinham sendo feitas desde o início da guerra e de forma secreta. Segundo o jornal "The Washington Post", conversas aconteciam desde a semana passada.
Netanyahu convocou membros do governo para discutirem o acordo nesta terça-feira. As negociações avançaram durante a madrugada de quarta-feira, pelo horário local.
Antes da reunião, o primeiro-ministro de Israel assegurou a autoridades de segurança e do alto escalão do governo que a ofensiva ao Hamas irá ser retomada após a libertação dos reféns.
“Estamos em guerra e continuaremos a guerra”, disse Netanyahu. “Continuaremos até atingirmos todos os nossos objetivos.”
Ajuda humanitária
A pausa no conflito também permitirá a entrada de mais ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Com isso, caminhões com auxílio médico e combustível devem chegar a todas as regiões do conflito.
O Hamas disse que acordo prevê ainda que o tráfego aéreo no sul de Gaza seja completamente suspenso enquanto durar o cessar-fogo. Já na região norte, nenhuma aeronave poderá sobrevoar o território das 10h às 16h.
Reféns foram sequestrados
Os reféns que estão sob poder do Hamas foram sequestrados no dia 7 de outubro, dentro do território israelense. Naquele dia, terroristas armados invadiram Israel e mataram centenas de pessoas.
Boa parte dos sequestrados viviam em fazendas coletivas, conhecidas como "kibutz". Além disso, o Hamas também fez como reféns pessoas que estavam em um festival de música ao ar livre.
Além de israelenses, entre os sequestrados estão pessoas com cidadanias de diversos países, como Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha. Segundo o governo de Israel, cerca de 40 reféns são crianças
Desde o início do conflito, somente quatro pessoas que foram sequestradas foram liberadas pelo Hamas. As primeiras foram uma mãe e uma filha norte-americanas. Depois, duas mulheres israelenses também puderam retornar para casa.
Além disso, o exército de Israel conseguiu libertar um soldado feito como refém em Gaza no fim de outubro, quando as tropas entraram no enclave. Outros dois reféns foram encontrados mortos.
O Hamas disse que está mantendo os reféns em túneis e locais seguros.
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