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Força-tarefa resgata dois trabalhadores em situação análoga à escravidão em Alagoas

Denúncia foram recebidas através dos canais oficiais

Por 7Segundos, com Ascom 08/02/2024 08h08 - Atualizado em 08/02/2024 08h08
Força-tarefa resgata dois trabalhadores em situação análoga à escravidão em Alagoas
Casos de situação análoga à escravidão em Alagoas - Foto: Ascom

Uma força-tarefa conseguiu resgatar dois trabalhadores em situação análoga à escravidão. As ações de combate   ocorreram nas regiões da Zona da Mata, Sertão e Agreste de Alagoas nos dias 28 de janeiro e 07 de fevereiro. 

Os trabalhadores resgatados trabalhavam há mais de 30 anos para seus empregadores recebendo quantia ínfimas, entre 40 e 50 reais por semana . Um deles, um homem de 64 anos, trabalhava na zona rural de Murici. O outro, de 68 anos, foi resgatado no bairro Canafístula, em Arapiraca, numa pequena fazenda. 

"Eles foram resgatados do trabalho análogo ao escravo em pequenas fazendas. Um desses homens não ouve e nem fala", disse o procurador do trabalho Rodrigo Alencar.

Os empregadores assinaram Termos de Ajuste de Conduta (TAC) com o MPT e a DPU. Juntos, os termos renderam um total de R$ 220 mil em indenizações aos trabalhadores resgatados.

Os integrantes da equipe de fiscalização também encontraram irregularidades trabalhistas em obras de pavimentação no Município de Dois Riachos no Médio Sertão alagoano. Os agentes públicos identificaram trabalhadores executando as obras sem alimentação regular, sem instalações sanitárias apropriadas e sem água potável. 

Nesse caso, foi firmado um TAC e a empreiteira se comprometeu a pagar R$ 7.700 a título de danos morais individuais. Noutra obra, operários clandestinos foram identificados e regularizados após acordo entre a empresa e os órgãos fiscalizadores.

A Força-tarefa foi composta pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em Alagoas, pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), Defensoria Pública da União e Polícia Federal.