Motta indica que crise com o PT também inviabiliza relação com Gleisi
O presidente da Câmara, segundo aliados, indicou que o contato com a articuladora política do presidente Lula também está abalado
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou a aliados que também está com a relação abalada com a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT). A fala, avisam interlocutores, é um aviso ao Planalto de que a articuladora política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está inviabilizada para atuar como bombeira da crise com o líder do PT na Casa, Lindbergh Farias (RJ).
Segundo interlocutores, Motta não tem com Gleisi a mesma repulsa que o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) tinha com o ex-SRI Alexandre Padilha, que brigaram com direito a ofensas públicas durante a primeira metade do governo Lula. Indicou que não pretende partir para o embate, mas tampouco dará abertura para novas conversas com a ministra no horizonte próximo.
Ele entende que Gleisi faz parte da ala do governo apoia Lindbergh nas reclamações do líder do PT com o presidente da Câmara e municia o parlamentar para mais embates com o Centrão. O entorno do presidente Lula está dividido entre os que consideram necessária a disputa para marcar a posição do Planalto e os que consideram ser necessário levantar bandeira branca.
Gleisi, por sua vez, ainda não sinalizou vontade de procurar Motta. Ela foi uma das articuladoras do apoio do Planalto à eleição do deputado como presidente da Câmara. Ela era deputada quando construiu o acordo junto com o líder do governo na Casa, José Guimarães (CE). O parlamentar cearense, dessa forma, foi o único que se manteve como ponte para Lula.
O governo entende que Motta está se isolando com o Centrão, num momento em que o grupo tenta se reagrupar e reunir forças para 2026. O presidente da Câmara também rompeu relações com o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ).
A briga
Motta e Lindbergh romperam relação após a disputa sobre o Projeto Antifacção. O líder do PT orientou voto contra porque o presidente da Câmara deu a relatoria da proposta, gestada pelo governo Lula, a um oposicionista, que mudou o texto e incluiu dispositivos como a retirada de recursos da Polícia Federal (PF), por exemplo.
Lindbergh saiu da votação falando em “quebra de confiança” com Motta, e o presidente da Câmara foi às redes sociais afirmar que o governo Lula errou ao votar contra. Ele esperava que a bancada petista apoiasse o PL Antifacção, e apresentasse um destaque para votar em separado a questão da Polícia Federal.
A situação foi escalando até o ponto que Motta avisou que não quer manter qualquer tipo de relação com Lindbergh. O líder do PT tem dito que não faz questão alguma de ter contato com o presidente da Câmara, mas afirmou que seguirá frequentando a reunião de líderes e os espaços da Casa, mesmo que regidos pelo seu rival.
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