Violência psicológica é tão devastadora quanto agressões físicas, alerta psicóloga
A mulher assassinada dentro de um shopping da parte alta da capital sofria agressões verbais constantes

Mais uma morte por feminicídio volta a assombrar os alagoanos. A vítima da vez, Valquíria de Brito Cavalcanti, de 40 anos, morta no ambiente de trabalho, no shopping da parte alta da capital. O suspeito não havia sido denunciado.
Valkíria de Brito era gerente de uma loja de cosméticos, fez aniversário no dia em que foi morta pelo ex-companheiro. O guarda municipal Edvaldo Bemvindo Silva, de 52 anos.
Para os amigos e familiares, apesar de não aceitar o fim do relacionamento, Edvaldo nunca havia agredido fisicamente a vítima, já as agressões verbais eram constantes.
Mas até que ponto se deve acionar um alerta? Até que ponto a violência verbal pode se transformar em física?
Para a psicologa Hellen Paiva, a violência psicológica envolve a manipulação, tentativas de assustar uma pessoa e o uso frequente e intencional de palavras ou ações não físicas que fragilizam outra pessoa.
“A violência psicológica aparece de forma muito sutil nos relacionamentos. Ela é perigosa pois é a primeira que surge nas relações e a que se segue até o nível maior de violência que infelizmente é o feminicídio. Por isso que é tão importante a atenção aos sinais” disse.
Os Dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AL) mostram que 75 mulheres foram vítimas de feminicídio em Alagoas entre 2021 e 2023, o mesmo tipo de crime do qual Valkíria Brito foi vítima.
Mas existe alguma forma de evitar esse tipo de situação, ou mesmo de se proteger dela?
“Primeiro de tudo, reconhecer que algo não está certo. O reconhecimento de que, infelizmente, o parceiro está sendo abusivo e que o relacionamento está exigindo mais vigilância do que momentos de leveza é importante. Além disso, empoderar-se é mais do que necessário. Autoafirmar que você não merece estar numa relação em que existem mais momentos problemáticos do que saudáveis dentro da relação é o impulso necessário para que se ponha um ponto final” afirma.
A isto, Hellen acrescenta que as vítimas, sobretudo quando estão com o seu agressor, “não tomam a iniciativa, não opinam, calam-se e concordam, e o principal conselho é não ter medo de por fim nesta relação. “
Para que casos como os de Valkiria e de tantas outras mulheres não aconteçam é preciso que a sociedade mude, que a cultura do machismo seja extinta, mas enquanto isso não acontece, as mulheres nesta situação precisam de alguns cuidados emergenciais.
Para a profissional da saúde mental, caso ocorra persistência, ameaças e chantagens, as vítimas devem imediatamente procurar a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher e realizar a denúncia.
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