Saúde

Hospital da Mulher registra mais de 410 Testes da Linguinha em recém-nascidos em 2024

Exame diagnostica bebês com anquiloglossia, conhecida popularmente como “língua presa”

Por 7Segundos, com Assessoria 21/06/2024 12h12 - Atualizado em 21/06/2024 13h01
Hospital da Mulher registra mais de 410 Testes da Linguinha em recém-nascidos em 2024
O Teste da Linguinha deve ocorrer nos primeiros dias de vida do recém-nascido e o Hospital da Mulher assegura o exame - Foto: Carla Cleto e Joyce Marques

O Hospital da Mulher (HM), situado em Maceió e vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), realizou 412 Testes da Linguinha este ano. O exame, que é assegurado nos primeiros dias de vida do recém-nascido, é ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para diagnosticar casos de anquiloglossia, conhecida popularmente como “língua presa”.

A fonoaudióloga Maria Melo explicou que, durante o exame, é observada a estrutura e mobilidade do freio lingual. Ela ressaltou que, caso o bebê tenha a língua presa, a condição pode prejudicar a amamentação e, futuramente, causar problemas na mastigação, deglutição e até na fala.

“Realizamos um teste padronizado para diagnosticar e indicar tratamento precoce da anquiloglossia. É um procedimento simples, que consiste na elevação da língua para observar como está a estrutura do freio lingual e a mobilidade da língua na sucção, para que se evite o desmame precoce, dificuldades na mastigação, deglutição e fala", detalhou Maria Melo.

Ainda de acordo com a fonoaudióloga, no HM é utilizado o Protocolo Bristol, onde é quantificada a alteração do freio lingual, avaliando junto com a função de sucção. "Caso seja detectada a anquiloglossia, realizamos a indicação do procedimento de frenotomia e o bebê já saiu da unidade com a situação solucionada”, informou a especialista. 

Importância do procedimento

A cirurgiã-dentista hospitalar Marcella Cabral destacou a importância da frenotomia lingual, que é o corte do frênulo da língua do bebê, quando ele nasce com o freio lingual curto. Somente este ano, a unidade realizou mais de 70 procedimentos de correção nos pacientes com anquiloglossia.

“O pequeno corte é realizado com anestesia tópica, onde fazemos uma incisão entre o ventre de língua e assoalho bucal. Após o procedimento, a língua consegue fazer a movimentação adequada e o bebê é colocado no seio materno para que ele seja amamentado de forma efetiva”, detalhou Marcella Cabral.