[Vídeo] Cirurgiã-dentista chama a atenção para a importância do teste da linguinha em recém-nascidos
Quando não diagnosticado, a anquiloglossia (língua presa) pode causar problemas na amamentação e dicção
Quem nunca ouviu uma frase do tipo: ele (ou ela) tem a "língua presa". A expressão, que se tornou popular, é atribuída a quem possui um problema na dicção, emitindo um leve chiado ao pronunciar determinadas palavras, especialmente os fonemas das consoantes S ou Z.
Anquiloglossia é o nome científico dado a essa alteração na anatomia, que ocorre quando o bebê nasce com um encurtamento no frênulo lingual, estrutura anatômica que prende a língua ao soalho da boca e dá a ela estabilidade.
O assunto foi tema da entrevista que a cirurgiã dentista Veugva Dionísio deu ao 7Segundos. A profissional está fazendo mestrado em saúde materno infantil na Universidade Federal Fluminense, e defende que realização do chamado "teste de linguinha", capaz de detectar a condição precocemente, seja obrigatório nas maternidades de Arapiraca.
Para saber mais, assista a entrevista e leia o artigo de autoria de Veugva Dionísio:
TESTE DA LINGUINHA: VOCE JÁ OUVIU FALAR? VAMOS APRENDER ONDE, QUANDO E POR QUE FAZER ESTE TESTE NO SEU BEBÊ
AUTOR: VEUGVA Dionísio de Freitas, dentista e aluna do Mestrado Profissional em Saúde Materno Infantil da Universidade Federal Fluminense, RJ.
Orientação: Prof.Dr. Alan Araujo Vieira.
O teste da linguinha foi instituído pelo Ministério da Saúde e todo bebê ao nascer deve fazer este teste, de preferência ainda no berçário.
As dúvidas no enunciado acima (Onde? Quando? Por que fazer?), muito comuns entre as mães, serão aqui esclarecidas, mas antes de respondê-las, é necessário compreender esta alteração na língua, que pode dificultar a mamada de um bebê. Essa alteração também chamada anquiloglossia é mais popularmente conhecida como “língua presa”.
Pois bem, alguns recém-nascidos nascem com a língua presa e nem sempre esta situação é identificada no berçário e muitas vezes nem mesmo pela mãe. Anquiloglossia é o nome científico, utilizado pelo pessoal da área de saúde. Essa condição, nada mais é que uma alteração abaixo da língua devido à presença de uma membrana ou freio. Geralmente esta membrana é absorvida durante a vida fetal, e assim a língua ficará livre ao nascer. Porém, em alguns recém nascidos isto não acontece. A língua continua presa por esta membrana ou freio lingual, que pode estar mais curto, mais grosso ou até mesmo estar fixo na gengiva ou na ponta da língua, dificultando assim os movimentos da língua e prejudicando as mamadas.
Os efeitos da língua presa não ficam somente na dificuldade na amamentação (mamadas). Alguns estudos mostram que a língua presa pode afetar também o desenvolvimento do rosto e dificultar algumas funções como fala, respiração e mastigação. Devido a sua importância em todo o processo de identificar a língua presa ou anquiloglossia, vamos esclarecer as principais dúvidas a respeito do Teste da Linguinha.
1. Onde realizar o Teste da Linguinha?
O Teste da Linguinha faz parte dos testes de triagem neonatal do recém-nascido e deveria ser realizado na Maternidade, antes da alta Hospitalar, preferencialmente, nas primeiras 48 horas. Desde 20 de junho de 2014, o Ministério da Saúde instituiu, através da Lei N° 13.002, a obrigatoriedade da realização do “Teste da Linguinha” nas maternidades, além de orientar que o período não pode ultrapassar às primeiras 48 horas de vida do bebê.
O teste não provoca dor e para sua realização não é necessário nenhum equipamento, apenas uma avaliação do profissional de saúde, que fará uma manobra simples para visualizar a presença ou não do freio lingual, assim como aspectos na forma e movimentação da língua. Este exame poderá ser realizado por um profissional de saúde treinado seja médico, enfermeiro, dentista e fonoaudiólogos.
2. Quando devo realizar o Teste da Linguinha?
Preferencialmente nas primeiras 48 horas após o nascimento da criança. Nas maternidades já é rotina a realização da Triagem Neonatal (teste da orelhinha, teste do coraçãozinho e teste do olhinho), que tem como principal objetivo o diagnóstico precoce de alterações que possam prejudicar o desenvolvimento da criança.
Com o teste da Linguinha não é diferente. O diagnóstico precoce da língua presa ou anquiloglossia, irá identificar os casos, orientar os pais das possíveis dificuldades na amamentação (mamada) e quando necessário, orientar para realizar o procedimento de liberação da língua, que já pode ser realizado na própria Maternidade.
3. Por que devo realizar o Teste da Linguinha?
O diagnóstico da língua presa ou anquiloglossia, tem como passo importante diminuir os prejuízos causados no desenvolvimento das crianças, que podem ir desde dificuldades na amamentação até prejuízos na fala, na fase de transição para alimentos sólidos, na mastigação, na higiene oral, no desenvolvimento dos arcos dentários, alterações no sono e recentemente sabe-se da relação com a apneia obstrutiva do sono (alteração na respiração onde ocorre pausas respiratórias quando a criança está dormindo).
Na cidade de Arapiraca, a dentista Veugva Dionísio de Freitas, aluna do Mestrado Profissional Saúde Materno-Infantil, da Universidade Federal Fluminense, Niterói, estado do Rio de Janeiro, em parceria com a Prefeitura de Arapiraca, está estudando Anquiloglossia nas maternidades de Arapiraca e observou que em Janeiro de 2023 não foi identificado a realização do teste da linguinha em nenhuma das maternidades, como também não encontrou o encaminhamento dessas crianças a partir da maternidade para algum local que realizasse o teste. Importante resultado de sua pesquisa, contribuindo para implementação do teste doravante em todas as maternidades e unidades de saúde.
Sendo assim, o Teste da Linguinha deve ser visto como um suporte para os profissionais de saúde na triagem neonatal com o objetivo de auxiliar no diagnóstico preventivo da língua presa. Para as mães, representa um aliado no combate ao desmame precoce, que nesse momento tão especial, da chegada de um filho, necessitam de todas às formas de apoio para obterem sucesso na amamentação. E para os bebês, a certeza de que essa alteração não irá atrapalhar no seu desenvolvimento físico e emocional, sem prejudicar quando estiverem nas demais fases da vida como escolar, adolescência e fase adulta.
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