Dólar encosta em R$ 5,60 e fecha 1º semestre com alta de 15%; Ibovespa recua 7,66%
Agentes financeiros também repercutem dados econômicos dos EUA que mostram uma desaceleração na inflação do país

O dólar se aproxima de R$ 5,60 e o Ibovespa recua nesta sexta-feira (28), com reforço do temor fiscal e investidores digerindo novas falas do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.
Mais cedo, Lula voltou a criticar o BC e Campos Neto durante entrevista, afirmando que o atual patamar da taxa básica Selic, de 10,5% ao ano, é “irreal” diante de uma inflação que está controlada. Ao tratar do câmbio, disse que o dólar está subindo ante o real porque há “especulação com derivativos”.
Por sua vez, após afirmar na véspera que pronunciamentos recentes de Lula têm impactado negativamente os preços, Campos Neto disse nesta sexta-feira que ajustes fiscais muito focados em ganho de receita são menos eficientes e podem ter como resultado menor investimento, menor crescimento econômico e inflação mais alta.
O dólar fechou o dia com avanço firme de 1,5%, negociado a R$ 5,590 na venda. O resultado fez a divisa subir 6,47% no mês e salto de 15,2% no primeiro semestre deste ano.
A pressão fez o Ibovespa recuar 0,32% na sessão, aos 123.906 pontos. No mês, o pregão valorizou 1,47%, enquanto desde o início do ano o índice perdeu 7,66%.
Ele afirmou que o atual patamar da taxa básica Selic, de 10,50% ao ano, é “irreal” diante de uma inflação que está controlada.
Lula também pontuou que Campos Neto foi indicado pelo governo anterior, de Jair Bolsonaro, e disse que o presidente do BC “não está fazendo o que deveria ter feito corretamente”.
Ao tratar do câmbio, cobrou providências do BC. “Por que o dólar está subindo? Porque tem especulação com derivativos na perspectiva de valorizar o dólar e desvalorizar o real. E o Banco Central tem a obrigação de investigar isso”, disse.
No fim da manhã foi a vez de Campos Neto passar recados ao governo durante um evento em Lisboa, Portugal.
Após afirmar na véspera que falas recentes de Lula têm impactado negativamente os preços, Campos Neto disse que ajustes fiscais muito focados em ganho de receita são menos eficientes e podem ter como resultado menor investimento, menor crescimento econômico e inflação mais alta.
Em sua apresentação, Campos Neto afirmou ainda que a desconfiança sobre as contas públicas impacta os juros de longo prazo e as expectativas de inflação.
No exterior, o principal dado do dia veio dentro do esperado. O Departamento do Comércio dos EUA informou que o índice de inflação PCE – bastante observado pelo Federal Reserve – ficou estável em maio, após ter subido 0,3% em abril.
Nos 12 meses até maio o indicador subiu 2,6%, ante 2,7% nos 12 meses até abril.
Os resultados mensal e anual ficaram dentro do projetado por economistas ouvidos pela Reuters. O núcleo do PCE subiu 0,1% no mês passado, também em linha com o esperado.
*Com Reuters
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