O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maceió (Iplan) realizou as primeiras oficinas do Plano Diretor nesta sexta-feira (19) e sábado (20). Os encontros discutiram as mudanças climáticas. A oficina de sexta-feira foi realizada com o Conselho do Plano Diretor, no Iplan, enquanto a deste sábado contou com a participação da população e foi realizada na Escola Municipal Nosso Lar, no bairro da Ponta Grossa.

A abertura das oficinas foi realizada pelo secretário-presidente do Iplan, Antonio Carvalho, que destacou a importância da revisão do Plano Diretor e suas temáticas. Em seguida, o palestrante convidado, que é arquiteto urbanista e ambientalista, Aldenir Paraguassu, falou sobre mudanças climáticas. Ele compartilhou sua experiência e forneceu um panorama sobre as mudanças climáticas no mundo e no Brasil.

Aldenir enfatizou a importância de incluir um plano de emergência no Plano Diretor para lidar com as mudanças climáticas e alertou sobre a situação de emergência atual, que influencia as cidades.

"É essencial aproveitar esta oportunidade para colocar ao público as preocupações que a humanidade tem hoje com relação ao processo das mudanças climáticas. Estas preocupações são especialmente evidentes diante do agravamento dessas mudanças. Considerando a obrigatoriedade legal de renovar e atualizar o Plano Diretor, é uma chance que não podemos deixar passar. Este plano deve colocar a questão das mudanças climáticas como carro-chefe, promovendo uma nova forma de ver e organizar a cidade”, enfatizou Aldenir.

As oficinas do Plano Diretor foram desenhadas para que os habitantes de Maceió pensem, discutam e construam coletivamente um futuro possível para a cidade, abordando questões emergentes como mudanças climáticas, direito à cidade e reestruturação da paisagem urbana.

Durante a oficina, os participantes foram divididos em três grupos. O primeiro grupo discutiu habitação, expansão urbana, dinâmica imobiliária, patrimônio cultural, uso e ocupação do solo e segurança. O segundo grupo abordou qualidade urbana e ambiental, desenvolvimento rural sustentável, meio ambiente, saneamento ambiental e áreas de risco à vida. O terceiro grupo tratou de equipamentos públicos, turismo, desenvolvimento econômico, mobilidade e transporte.

O Iplan dispõe de materiais de diagnóstico essenciais para a revisão do Plano Diretor, compilados desde o início do processo de revisão. A prefeitura também disponibilizou planos complementares, como o Plano de Desenvolvimento Econômico e o Plano Maceió Cidade Inteligente, que incluem diagnósticos abrangentes da cidade.

No planejamento urbano, são elaborados cadernos técnicos, começando pelo caderno de diagnóstico e seguido pelo caderno de proposições, cobrindo diferentes regiões da cidade. Alguns desses cadernos já estão prontos, enquanto outros estão em desenvolvimento.

A diretora de Planejamento Urbano e Cidades Inteligentes, Maria Luísa, destacou a importância do evento. “Esse momento é muito importante de escuta popular. É o primeiro passo da nossa retomada do Plano Diretor. As discussões não acabam aqui; na verdade, é apenas o início de um grande processo de participação popular para a formação de uma política pública urbana”, explicou a diretora.

Próximas oficinas

As próximas oficinas estão programadas para o dia 27 de julho, abordando o tema Direito à Cidade, com local a ser divulgado em breve. A última oficina, sobre Reestruturação da Paisagem Urbana, está marcada para o dia 3 de agosto, também com local a ser divulgado