Economia

Dólar sobe em linha com exterior e se reaproxima de R$ 5,50

Dados positivos da economia dos EUA fortaleceram o dólar nesta quinta e câmbio seguiu o cenário externo

Por Infomoney 15/08/2024 19h07
Dólar sobe em linha com exterior e se reaproxima de R$ 5,50
Dólar fecha em alta, a R$ 5,48 - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O dólar à vista subiu pela segunda sessão consecutiva nesta quinta-feira (15), se reaproximando dos R$ 5,50, com as cotações acompanhando a alta da moeda ante a maior parte das demais divisas no exterior.

Dados positivos de indicadores de emprego e consumo americanos reforçaram a tese de economia forte e investidores seguem reduzindo as apostas de que o Federal Reserve (banco central dos EUA) poderá fazer um corte de 50 pontos-base de juros em setembro, em vez de 25 pontos-base.

Um corte menor mantém a atratividade dos títulos públicos americanos e a força da moeda frente os mercados internacionais.
Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar comercial fechou em alta de 0,27%, a R$ 5,483 na compra e na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) subia 0,28%, a 5.494 pontos.

Na quarta-feira, o dólar à vista fechou em alta de 0,37%, cotado a R$ 5,4691 reais, quebrando um ciclo de seis quedas consecutivas. Em agosto, a moeda norte-americana ainda acumula baixa de 3,03%.

Dólar comercial
Compra: R$ 5,483
Venda: R$ 5,483
Dólar turismo
Compra: R$ 5,511
Venda: R$ 5,691
Leia mais: Tipos de dólar: conheça os principais e qual importância da moeda

O que aconteceu com o dólar hoje?

Os dados da economia dos Estados Unidos seguem movimentando a cotação do dólar ante o real. Nesta quinta-feira (15), indicadores melhores do que o esperado renovaram a percepção de uma economia forte, longe de uma possível recessão que teria que apressar os cortes de juros pelo banco central do país.

No início do dia, o Departamento do Comércio informou que as vendas no varejo dos EUA aumentaram 1,0% em julho, após a queda revisada para baixo de 0,2% em junho. O resultado foi bem melhor que a alta de 0,3% esperada pelo mercado.

Já o Departamento do Trabalho informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram para 227.000, com ajuste sazonal. Economistas previam 235.000 pedidos para o período.

Ambos os dados, somados aos bons índices de inflação divulgados na semana, sugerem que a economia dos EUA segue forte, o que deu força aos rendimentos dos Treasuries e fez com que investidores reduzissem as apostas de que o Fed poderá fazer um corte de 50 pontos-base de juros em setembro, em vez de 25 pontos-base.

Na véspera, o mesmo otimismo em relação aos EUA fez o dólar interromper uma sequência de seis queda consecutivas ante o real e fechar em leve alta. Parte dos investidores refizeram posições compradas na moeda norte-americana, em um dia de sinais mistos para a divisa no exterior.

“Podemos dizer que é mais do mesmo em relação às pautas que têm feito preço nas últimas semanas e meses. Mas o mercado (está) reagindo ‘em cima do lance’ a cada novo indicador”, avaliou o diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo.

Nesta quinta, entretanto, o dólar opera em alta consistente ante divisas internacionais. Às 17h30, o índice do dólar (DXY), que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,45%, a 103,03 pontos.

(Com Reuters)