Polícia

Candidata a vereadora e irmã são mortas após serem sequestradas em saída de evento

Segundo a Polícia Civil, outras duas pessoas foram sequestradas e ficaram feridas

Por 7Segundos com Metrópoles 15/09/2024 09h09
Candidata a vereadora e irmã são mortas após serem sequestradas em saída de evento
Candidata a vereadora e irmã são mortas após serem sequestradas em saída de evento - Foto: Reprodução

Duas irmãs foram mortas a facadas e outras duas pessoas ficaram feridas após terem sido sequestradas e torturadas por um grupo de nove pessoas, enquanto saíam de um festival de pesca, em Porto Esperidião, a 358 km de Cuiabá, neste sábado (14). De acordo com a Polícia Civil, as vítimas foram identificadas como Rayane Alves Porto, de 28 anos, e Rithiele Alves Porto, de 25 anos.

As irmãs eram proprietárias de um circo e Rayane era candidata a vereadora no município. Em nota, o candidato à Prefeitura de Porto Esperidião, Herculis Albertini (PSD), lamentou a morte das irmãs.

“É com imensa tristeza e profundo pesar que comunicamos o falecimento de nossa querida amiga e candidata a vereadora Rayane, e sua irmã Ritiely. Essa perda trágica deixa uma dor incalculável em todos nós”, diz trecho da nota.

Conforme o boletim de ocorrência, um dos sobreviventes conseguiu fugir e foi até a polícia pedir socorro. Aos policiais, ele contou que foi sequestrado com outras três pessoas e arrastado até na Rua Marechal Cândido, na região Centro, onde foi mantido em cativeiro com as demais vítimas.

No local, a polícia encontrou um jovem gravemente ferido, com um dos dedos e a orelha cortados. Ele também apresentava ferimentos de facada na região da nuca.

Em outros cômodos da casa, foram encontrados dedos e cabelos de uma das irmãs. Já no último quarto à direita, estavam os corpos de Rayane e Rithiele, que apresentavam sinais de tortura por arma branca e tiveram os cabelos cortados, segundo a Polícia Militar.

Durante o depoimento na delegacia, a vítima relatou que só conseguiu fugir do cativeiro após pular o muro. Ele contou que sofreu uma sessão de torturas, tanto psicológicas quanto físicas, pelos agressores, que se identificaram como membros de uma facção criminosa.

A motivação do crime, segundo a testemunha, foi porque as vítimas teriam tirado uma foto no Rio Jauru, simbolizando um número associado a uma facção rival. Durante as agressões, os suspeitos exigiram dinheiro das vítimas para não matá-los.

Até o momento, ninguém foi preso. A Polícia Civil investiga o caso para localizar os suspeitos envolvidos no crime, que devem responder por homicídio doloso, tortura mediante sequestro e lesão corporal.