Saúde

Sesau realiza testes para avaliação de incapacidades físicas em pacientes com hanseníase

Nos últimos 10 anos, foram registrados em Alagoas 3.429 casos da doença, sendo 305 identificados com incapacidades do tipo II

Por 7segundos com assessoria 04/10/2024 17h05
Sesau realiza testes para avaliação de incapacidades físicas em pacientes com hanseníase
Durante a avaliação dos pacientes com hanseníase foram analisadas as incapacidades físicas e neurológicas provocadas pela doença - Foto: Olival Santos / Ascom Sesau

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) realizou, nesta sexta-feira (4), avaliação em pacientes que têm hanseníase. Durante a ação, que ocorreu no II Centro de Saúde, situado na Praça da Maravilha, em Maceió, foram analisadas as incapacidades físicas e neurológicas provocadas pela doença.

A hanseníase é uma doença infecciosa que acomete nervos e pele e cuja transmissão ocorre pelas vias aéreas superiores, no caso das pessoas que convivem com pacientes na forma avançada da doença e que não estão em tratamento. Entretanto, a transmissão é interrompida em até 72h após a primeira dose da medicação prescrita para o tratamento, que dura de seis a doze meses.

A enfermeira técnica do Programa Estadual de Combate a Hanseníase, Ana Patrícia Barros, explicou que as incapacidades físicas que podem ocorrer em razão da hanseníase são classificadas em dois tipos, sendo os de tipo II os mais graves.

“Esse tipo de incapacidade acontece em casos onde existe a demora no diagnóstico, sendo os mais comuns a mão em garra, o pé caído e a reabsorção óssea, que tende a ser confundida com amputação”, explica.

Rayssa Teixeira, que também atua como enfermeira no Programa Estadual de Vigilância e Eliminação da Hanseníase, explicou que, para a realização desse programa específico de vigilância, em casos de identificação de incapacidade do tipo II, o diagnóstico deve ser confirmado por um segundo profissional, em um prazo de até 60 dias.

“Como são incapacidades que podem ter diferentes origens, em que um caso de reabsorção óssea pode ser confundido com um acidente de trabalho, a identificação deve ser confirmada por um segundo profissional”, esclareceu.