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MP investiga 'casamento de milhões' realizado em São Miguel dos Milagres

As informações teriam relação com o suposto uso indevido de recursos públicos para a festa

Por 7Segundos, com Metrópoles 20/10/2024 08h08 - Atualizado em 20/10/2024 09h09
MP investiga 'casamento de milhões' realizado em São Miguel dos Milagres
Cerimônia, de alto padrão, foi realizada em São Miguel dos Milagres, Litoral de AL - Foto: Reprodução/Metrópoles

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) apura uma denúncia anônima de improbidade administrativa envolvendo David Antônio Abisai Pereira de Almeida, atual prefeito de Manaus (AM). As informações teriam relação com o suposto uso indevido de recursos públicos no casamento da filha dele, Fernanda Aryel Rodrigues de Almeida, em 2022.

A denúncia detalha que, o evento (foto em destaque), em São Miguel dos Milagres (AL), teve custos superiores a R$ 1,5 milhão. A denúncia acrescenta que o casamento pode ter sido custeado com dinheiro público.

Ainda segundo o relato enviado ao MPAM, David Almeida teria organizado um outro casamento, supostamente de fachada, em Manaus, para ocultar os gastos reais e a natureza do primeiro evento.

A cerimônia contou com a presença de diversas autoridades, inclusive secretários municipais e o então vice-governador do estado, Tadeu de Souza, o que, segundo a denúncia, caracteriza uso indevido do cargo e dos recursos públicos em benefício próprio e da família dele. O requerente da denúncia também argumentou que a administração municipal tem obrigação de prestar contas à população sobre a destinação dos recursos públicos e não pode usá-los para interesses pessoais.

Em dezembro de 2021, a jovem realizou um casamento em Manaus, amplamente divulgado nas mídias sociais e apresentado como um evento modesto. No entanto, o matrimônio em São Miguel dos Milagres, com um padrão de grandiosidade similar ao famoso casamento de Luísa Sonza e Whindersson Nunes, gerou críticas e desconfiança sobre a verdadeira situação financeira da família.

A investigação do MPMA busca entender os fatos e determinar a veracidade das alegações, considerada a responsabilidade do gestor público em relação à transparência e ao uso adequado dos recursos do Estado.