Integrantes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) estiveram na Audiência Pública promovida pela Câmara Municipal de Maceió, nessa segunda-feira (02), para questionar o orçamento previsto para a Educação da capital no próximo ano.

Profissionais da área apontam que o crescimento de 1,98% é tímido e representa um crescimento de 25%, comparado ao orçamento atual, que já estipulado pela Constituição Federal.

“Não aumentou investimentos na Educação. Aumentar 1,98%, não é de fato um aumento. Limitou-se aos 25% determinados pela Constituição Federal. E reduziu o orçamento para um setor mais vulnerável da educação que é a EJAI. O que justifica não aumentar o investimento na Educação? A população de Maceió reduziu a demanda por Educação?”, disse Izael Ribeiro, presidente do Sinteal.

“O que a gente tem observado é que o projeto mantém uma política de desvalorização para as trabalhadoras e para os trabalhadores, não aponta um valor destinado às despesas correntes com o pessoal, que terminou seu mandato sem um concurso público, inclusive, e inicia um novo mandato sem apontar valorização aos servidores públicos. Nós temos uma carreira profissional da escola que ainda inicia abaixo do mínimo. Nós não temos qualidade na educação, e vale lembrar que houve um aumento no orçamento para as ações educacionais compartilhadas, que é a privatização da educação pública”, aponta ainda o presidente do sindicato.

A Audiência Pública foi marcada por protestos por parte de profissionais da educação que seguravam cartazes pedindo melhores condições de trabalho.

A peça orçamentária para 2025 enviada pelo prefeito JHC (PL) à Câmara Municipal de Maceió contém uma redução de R$500 milhões quando comparada com a atual. Em 2024 o orçamento de Maceió foi de R$5,3 bilhões. Para o próximo ano, o valor está estimado em R$4,8 bilhões, representando uma queda de 8,38%.