A Justiça de Alagoas determinou novamente a prisão preventiva de Jeferson Marcos Timóteo da Silva, suspeito de matar a tiros a sua esposa Carla Janiere da Silva Barros, de 24 anos, dentro de uma loja em Murici, município do interior de Alagoas. O crime ocorreu em novembro de 2023.

Segundo a juíza Paula de Goes Brito Pontes, é insuficiente o estabelecimento de medidas cautelares, diante da gravidade concreta do caso, pois trata-se de homicídio qualificado por razões do sexo feminino, em contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher, mediante uso de arma de fogo e praticado em local público.

"Levando em consideração os fundamentos transcritos na decisão que decretou a prisão preventiva do réu e reavaliando o caso, entendo que não há superveniência de fato novo ou qualquer elemento que leve à conclusão de que os pressupostos que levaram à segregação cautelar outrora decretada tenham desaparecido. Ao revés, a prisão preventiva deve ser mantida, pois atende aos pressupostos gerais de cautelaridade, posto que ainda é necessária, ao tempo em que também é adequada, vez que leva em conta a gravidade do crime e as circunstâncias concretas do fato delitivo", disse a juíza na decisão.

À época do crime, Jeferson foi até a loja de roupas e acessórios onde a vítima trabalhava e iniciou uma briga com ela, visivelmente agressivo. Uma das testemunhas conseguiu gravar a situação. O vídeo circulou nas redes sociais e mostrou Jeferson agressivo e fazendo ameaças à esposa momentos antes do crime.

Carla morreu antes de receber socorro. Após matar Carla, o suspeito deitou ao lado corpo para fingir que estava morto e evitar ser preso, mas os policiais militares que atenderam o caso perceberam a farsa e o prenderam.

A defesa de Jeferson entrou com um pedido de liberdade logo após que ele foi preso.