Educação

Nenhum curso de medicina do Nordeste alcança nota máxima em avaliação do MEC

Especialistas apontam que, embora haja boas faculdades no Nordeste, fatores como infraestrutura limitada, dificuldade na fixação de docentes qualificados

Por 7segundos 13/04/2025 16h04
Nenhum curso de medicina do Nordeste alcança nota máxima em avaliação do MEC
Nenhum curso de medicina do Nordeste alcança nota máxima em avaliação do MEC - Foto: Banco do Imagens

O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta sexta-feira (11) os resultados do Conceito Preliminar de Curso (CPC) de 2023, e o dado que mais chamou a atenção foi a ausência de cursos de medicina da região Nordeste entre os mais bem avaliados do país. Das 309 graduações avaliadas, apenas seis atingiram a nota máxima (conceito 5), e todas estão localizadas nas regiões Sudeste e Sul do Brasil.

As instituições que se destacaram no ranking foram:
• Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) – São Paulo (SP)
• Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE) – São Paulo (SP)
• Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) – São Paulo (SP)
• Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) – São José do Rio Preto (SP)
• Centro Universitário Governador Ozanam Coelho (Unifagoc) – Ubá (MG)
• Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium (Unisalesiano) – Araçatuba (SP)

O CPC é um dos principais indicadores de qualidade do ensino superior brasileiro. Ele considera o desempenho dos estudantes no Enade, a qualidade do corpo docente, a estrutura física da instituição e o valor agregado pela formação ao longo do curso.

A ausência do Nordeste entre os cursos de excelência acende um alerta para a disparidade regional na educação médica e reforça o debate sobre investimentos e melhorias estruturais nos cursos oferecidos na região.

Especialistas apontam que, embora haja boas faculdades no Nordeste, fatores como infraestrutura limitada, dificuldade na fixação de docentes qualificados e desigualdade de recursos públicos e privados impactam negativamente na nota final das instituições.

O resultado evidencia a necessidade de políticas públicas específicas para fortalecer o ensino superior no Nordeste, especialmente em áreas estratégicas como a medicina, fundamental para a saúde pública e o desenvolvimento regional.