Com alta de 17,4%, AL atinge recorde de renda, mas desafios sociais persistem
Embora tenha registrado a 2ª maior alta no rendimento médio mensal em 2024, Alagoas permanece entre os mais desiguais e mais pobres do país

O rendimento médio mensal em AL atingiu, entre os anos de 2023 e 2024, o maior valor da série histórica, iniciada em 2012. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do IBGE, indicam que houve aumento de 17,46% na renda média da população residente no estado.
Embora tenha registrado a segunda maior alta no rendimento médio mensal em todo o país, AL ocupa o 22º lugar nacional no indicador. Considerando os rendimentos de todas as fontes, os alagoanos receberam, em média, R$2.160 em 2024. A média brasileira é de R$3.057.
Os resultados fazem parte do módulo “Rendimento de todas as fontes”, da PNAD Contínua, divulgado na última quinta-feira (8). O módulo investiga os rendimentos provenientes do trabalho; aposentadoria e pensão; aluguel e arrendamento; pensão alimentícia, doação e mesada de não morador; programas sociais de transferência de renda; e outros rendimentos.
Rendimento per capita
Alagoas também ocupou posição de destaque no crescimento do rendimento mensal real domiciliar per capita, que apresentou a quarta maior alta no país, atrás apenas do registrado em Pernambuco (+24,08%), Sergipe (+14,97%) e Paraná (+14,89%).
O estado registrou aumento de 48,5% no rendimento per capita entre 2012 e 2024.
Apesar dos avanços, o rendimento médio per capita em AL (R$1.317) ainda é um dos menores do país, acima apenas do AC (R$1.239), AM (R$1.231), CE (R$1.210) e MA (R$1.078). No Brasil, o rendimento médio per capita foi de R$2.020 para o ano de 2024.
Desigualdade
Na outra ponta, Alagoas também apresentou aumento no índice de Gini, indicador que mede a desigualdade na distribuição de renda dentre de uma população. O valor do índice de Gini varia entre 0 (zero) e 1 (um). Valores mais altos – ou seja, mais próximos de 1 – indicam maior concentração de renda nas mãos de menos pessoas.
O menor valor de Gini na série histórica no estado foi alcançado em 2023 (0,486) e o maior valor (0,550) foi registrado em 2018. Para 2024, AL apresentou Gini de 0,518 e ocupa a sexta posição nacional em concentração de renda, liderada pelo DF (0,547).
Programas sociais
Cerca de 34,4% dos domicílios alagoanos recebem Bolsa Família, acima da média nacional de 18,7%, e sétima posição no país. O valor apresentou pouca variação no comparativo com os anos de 2023 (34,9%) e 2012 (34,1%).
O recebimento do Benefício de Prestação Continuada (BPC-LOAS) é realidade em 8% dos domicílios. Apenas o Amapá, com 8,1%, supera a proporção de domicílios beneficiados pelo programa. Outros programas sociais ajudam a compor a renda em 7% das residências alagoanas.
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