Albino Santos Lima, o serial killer de Maceió, enfrenta segundo julgamento hoje
Ele está preso desde setembro do ano passado e é acusado de ser o autor de ao menos 18 homicídios, dos quais confessou apenas 16
                            Albino Santos de Lima, o serial killer de Maceió, enfrentará um novo júri popular, desta vez pelo assassinato de Louise Gbyson Vieira de Melo. Ele será julgado pelo Poder Judiciário alagoano nesta sexta-feira (06), no Fórum do Barro Duro, em Maceió.
O crime aconteceu na noite de 11 de novembro de 2023, no bairro Vergel do Lago, parte baixa da capital. O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) sustenta que o crime foi qualificado por feminicídio, motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
De acordo com as investigações, Louise Gbyson voltava da escola a pé quando percebeu estar sendo seguida por um carro. Preocupada, pediu ajuda a uma amiga, que a acompanhou até a residência onde morava. 
Apesar do veículo aparentemente ter deixado a rua, minutos depois, a vítima foi surpreendida por disparos de arma de fogo que atingiram sua cabeça, levando-a à morte no local.
Duas amigas de Louise que prestaram depoimento à polícia relataram ter visto um homem de estatura mediana, vestido de preto, se aproximando antes dos disparos. 
O caso passou a ser investigado em conjunto com outro homicídio de características semelhantes. A conexão entre os crimes levou à identificação de Albino Santos de Lima como autor dos assassinatos.
Durante as diligências, foram apreendidos com o acusado máscaras e luvas pretas, munições e uma pistola. A perícia confirmou, por meio de confronto balístico, que o projétil retirado do corpo de Louise partiu da arma encontrada com o réu.
Segundo o promotor de Justiça Antônio Luís Vilas Boas, da 47ª Promotoria de Justiça da Capital, Albino iniciou uma perseguição obsessiva contra Louise após vê-la em uma academia. Por aproximadamente sete meses, monitorou suas redes sociais e movimentos, planejando meticulosamente o crime.
“A obsessão do denunciado é por vítimas que possuem um perfil físico muito consistente, que se repete, assim como o modus operandi calculista empregado: escolher, pesquisar, planejar, perseguir, trajar-se de forma específica e executá-las em período noturno, saindo a pé do local, com a frieza e tranquilidade de quem, equivocadamente, crê na impunidade”, afirmou o promotor.
Ainda de acordo com Vilas Boas, o crime foi motivado por ódio ao sexo feminino, evidenciado pela forma como o réu tratava e se referia às vítimas. 
“O comportamento de ojeriza ao sexo feminino, proveniente de um sentimento alimentado pelo denunciado, inclusive ao xingar e menosprezar vítimas em razão do gênero, bem assim a prática do crime contra a mulher como exercício de dominação e sujeição, não deixam margem de dúvidas de que o fato apurado se trata de um feminicídio.”
Assassino em série
Albino Santos está preso no complexo prisional da capital desde setembro de 2024 e é acusado de ser o autor de ao menos 18 homicídios, dos quais confessou apenas 16. No entanto, para os outros dois a Polícia Civil afirma ter provas suficientes contra o acusado.
Ex-prestador de serviço da Polícia Penal de Alagoas, como agente penitenciário, Albino se tornou um dos cinco maiores serial killers do Brasil. 
Ele foi condenado em abril deste ano pelo crime de homicídio consumado duplamente qualificado, contra Emerson Wagner da Silva, e homicídio tentado com duas qualificadoras, praticado contra outro jovem. A pena foi de 37 anos, um mês e 15 dias de reclusão.
*Estagiário sob supervisão da redação
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