Líder do Comando Vermelho em Alagoas está escondido no Morro do Alemão, diz SSP
Ação conjunta contra organização criminosa já prendeu 28 pessoas na Região Metropolitana de Maceió

A Secretaria de Estado da Segurança Pública e o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público Estadual, apresentaram, durante coletiva de imprensa, um balanço da Operação Comando Vermelho 2, deflagrada nesta terça-feira (29). A ação conjunta resultou na prisão de 28 indivíduos que integram a ramificação de uma organização criminosa com atuação na Região Metropolitana de Maceió.

Os alvos ocupavam posições estratégicas dentro da estrutura criminosa comandada por um homem conhecido como “99”, que, segundo as investigações, está homiziado [escondido] no Rio de Janeiro e continua exercendo influência sobre os crimes cometidos em Alagoas. Mandados também foram cumpridos no sistema prisional alagoano, de onde partiam ordens para execuções, tráfico e coordenação do comércio de drogas.
Com foco na desarticulação de facções criminosas envolvidas no tráfico de drogas, porte ilegal de armas, homicídios e roubos, a operação deu cumprimento a 50 mandados de prisão e 34 de busca e apreensão nos municípios de Rio Largo, Santa Luzia do Norte, Satuba e Maceió, além de duas decisões com imposição de medidas cautelares diversas da prisão.
Para o secretário-executivo de Políticas de Segurança Pública, Patrick Madeiro, a operação combateu diversos crimes, principalmente, o tráfico de entorpecentes. “É uma luta de toda a sociedade mundial. O tráfico de drogas é uma doença que se propaga cada vez mais, mas, com segurança forte, com atividade de inteligência adequada, faremos por onde diminuir esses índices. E nós temos feito isso em Alagoas, com grandes apreensões de drogas e armas, realizando prisões importantíssimas, cortando de uma vez por todas esse mal que é o Comando Vermelho, entre outras que fazem propagar a incidência criminal no etando”, afirmou.
Ainda segundo Patrick Madeiro, um dos líderes do grupo está foragido no Rio de Janeiro. “Esse líder da facção está homiziado no Rio de Janeiro, enquanto manipula criminosos daqui para executar crimes. Hoje, as polícias bateram à porta e fizeram a justiça ser cumprida. Em Alagoas, o crime organizado não se cria. O que fizemos foi atingir o coração da facção. Esses presos não são executores de baixo escalão. São lideranças regionais, gerentes do tráfico, responsáveis por ordenar mortes, controlar bocas de fumo e impor o terror em comunidades inteiras. Mas continuamos com o objetivo de prendê-lo e já enviamos os mandados de prisão para as forças de segurança cariocas”, disse o secretário-executivo. “Todas as pessoas que tenham algum tipo de influência dele aqui em Alagoas nós iremos prender, independente de quem quer que seja”, completou o coronel.
O promotor Napoleão Amaral, coordenador do Gaeco, e Martha Bueno, da 65ª Promotoria de Justiça, elogiaram a ação exitosa e reforçaram a importância do trabalho investigativo para a população, em especial, os moradores de Rio Largo.

“Tem sido um trabalho árduo, mas, com integração, conseguimos obter êxito nas operações. Os munícipes vão agradecer demais, tendo em vista que a operação foi desenvolvida contra indivíduos que atuavam em Rio Largo e região. Acreditamos ter dado um grande prejuízo a esta organização criminosa e continuaremos realizando ações estratégicas e conjuntas contra todo tipo de infratores”, afirmaram.
Participaram da coletiva o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Paulo Amorim; os comandantes do Comando de Missões Especiais e do Comando de Policiamento da Região Metropolitana, tenentes-coronéis Henrique Jatobá e Hiraque Agnnes, respectivamente; o comandante do 8º Batalhão da PM, major Diego Vieira; e o delegado João Marcelo, da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco/PC-AL).
Trabalho integrado
Operação Comando Vermelho 2 é resultado de um trabalho conjunto entre a Chefia de Inteligência Integrada da SSP, Dracco, Gaeco e o 8º BPM. As ordens judiciais foram expedidas pela 17ª Vara Criminal da Capital, com base em provas técnicas robustas colhidas ao longo de meses de investigação.
As organizações criminosas alvos da operação atuavam principalmente no município de Rio Largo, nos Conjuntos Jarbas Oiticica, Antônio Lins e Mutirão, e nos bairros Mata do Rolo, Lourenço de Albuquerque, Morro, Alto de São Miguel, Biquinha e Cucaú.
Em Santa Luzia do Norte e Satuba também foram identificadas bases de apoio logístico e operacional dos grupos criminosos. De acordo com os investigadores, essas facções mantinham uma disputa violenta por território com grupos rivais, promovendo confrontos armados e execuções, em uma verdadeira guerra urbana.
A Operação Comando Vermelho 2 mobilizou um dos maiores efetivos policiais já empregados em ações integradas no estado. Pela Polícia Militar participaram unidades especializadas como o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Companhia de Policiamento de Choque, Rotam, Raio, além dos 4º, 5º, 8º e 12º Batalhões, Polícia Ambiental (BPA), Polícia Rodoviária (BPRv), Polícia de Trânsito (BPTran) e o Regimento de Polícia Montada (RPMon).
Pela Polícia Civi atuaram agentes da Dracco, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), Delegacia de Repressão ao Narcotráfico (Dnarc), Operação Policial Litorânea (Oplit) e Grupo de Operações da Delegacia Geral da Polícia Civil de Alagoas. O Departamento Estadual de Aviação (DEA) também foi acionado para reforçar as ações.
A SSP destaca que a participação da população é essencial para o sucesso de operações como essa. Denúncias anônimas sobre tráfico de drogas, homicídios e outras atividades criminosas podem ser feitas pelo Disque-Denúncia – 181. A ligação é gratuita e o sigilo é garantido.
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