Política

Prestes a perder espaço no governo, Paulão defende greve de educadores e tensiona relação com Dantas

Com a chegada de Medeiros na presidência do PT, os nomes indicados por Paulão devem ser exonerados do primeiro escalão do governo

Por Felipe Ferreira 05/08/2025 15h03
Prestes a perder espaço no governo, Paulão defende greve de educadores e tensiona relação com Dantas
Paulão deve perder espaços no governo de Alagoas - Foto: Reprodução/Redes sociais

O deputado federal Paulão (PT) decidiu se manifestar em apoio aos educadores do estado de Alagoas que estão em greve desde 1º de julho cobrando reivindicações da campanha salarial. Paulão, vale lembrar, está prestes a perder seus espaços no secretariado do governador Paulo Dantas (MDB).

Com a chegada de Ronaldo Medeiros à presidência do PT Alagoas, espera-se que as secretarias ocupadas pelo partido — indicações de Paulão — passem por uma reformulação para abrigar nomes da confiança do deputado estadual.

Após as tensões entre a categoria e o governador, Paulão publicou um vídeo de solidariedade aos educadores e criticou a judicialização da greve por parte do governo.

“Quero manifestar minha solidariedade a todos os profissionais da educação que, de forma legítima, estão em greve para reivindicar seus direitos. Diante da ausência de consenso, a greve se estabeleceu como um instrumento natural em qualquer conflito trabalhista. Infelizmente, o Governo do Estado optou por judicializar a questão junto ao Tribunal de Justiça de Alagoas. O TJ/AL, por sua vez, determinou o retorno imediato da categoria às atividades a partir do dia 1º, sob pena de desconto salarial e outras sanções”, disse.

O parlamentar questionou as medidas adotadas. “Será esse o melhor caminho? Acredito que não. Considero um grave equívoco. O caminho mais adequado é, sem dúvida, o da escuta e do diálogo”.

Segundo o governador, o estado atendeu 21 dos 22 pontos apresentados pela categoria. “O único ponto que não foi atendido é que concede reajuste de 4,83% para todos os servidores do estado, eles queriam 5%, ou seja 0,17% [a mais], e aí fizeram toda essa confusão”, disse o gestor na semana passada.