Violência

Ex-internos revelam cenário de terror em clínica de Marechal Deodoro

Denúncias incluem maus-tratos, dopagem e abuso sexual; dona da clínica foi presa

Por 7Segundos 15/08/2025 18h06
Ex-internos revelam cenário de terror em clínica de Marechal Deodoro
Ferimento no braço de um ex-interno atribuído a um episódio de agressão dentro da clínica - Foto: Reprodução

Na medida em que as investigações sobre as condiçoes de funcionamento de uma clínica de reabilitação localizada em Marchal Deodoro, Região Metropolitana de Maceió, avançam, mais surgem relatos sobre os crimes ocorridos no estabelecimento. 

Desta vez, ex-internos da clínica afirmam terem sofrido espancamentos, dopagem e maus-tratos no local, onde a esteticista Cláudia Pollyanne morreu em circunstâncias que permanecem sendo invesitgadas pela Polícia Civil de Alagoas. Nesta sexta-feira (15), a proprietária do estabelecimento foi presa. O marido dela, que também é proprietário da clínica, continua sendo procurado.

Um dos ex-internos, contou em um vídeo, ter presenciado episódios de agressão dentro da clínica,inclusive contra a Pollyanne. 

“Muito espancamento, os pacientes só viviam dopados e maus-tratos, né, essa moça aí que faleceu, a Pollyanne, eu vi várias vezes ela sendo espancada por ele (se referindo ao dono da clínica) e a esposa dele era conivente", relatou o ex-interno, afirmando ainda que chegou a passar cerca de um mês na clinica e foi retirado de lá quando disse aos familiares o que estava acontecendo lá dentro. 

Outro ex-paciente relatou ter sofrido agressões físicas na clínica e mostrou uma marca no corpo atribuída a uma costela quebrada em decorrência dos episódios de agressão, além de hematomas no corpo também em consequênia das agressões sofridas.

Ex-paciente apalpa local docopro para mostrar costela quebrada em clínica. Foto: reprodução 

"Ele (o proprietário) nos amarrava com fio para poder praticar os espancamentos queele achava que eram viavéis para um tratamento de dependência química", concluiu.

Já uma outra vítima, teria formalizado uma denúncia registrando um boletim de ocorrência contra a clínica, relatando as precárias condições de acolhimento no período entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025. 

A Polícia Civil também investiga relatos de abuso sexual supostamente cometidos contra mulheres internadas.